30 de jun. de 2009

Imprensa fdp

A imprensa, de modo geral, adora criar uma polêmica. Porém, ninguém vence a imprensa esportiva. Na ânsia de fazer uma reportagem, de dar uma notícia, de mostrar alguma coisa, sempre tem alguém que acaba exagerando uma declaração para inflamar uma partida - um ato muitas vezes reprovável e até criminoso, pois pode levar a problemas extracampo completamente desnecessários. Quer um exemplo? O vídeo abaixo, no qual o Ronaldo diz que trata as partidas decisivas como mais um jogo qualquer, uma "pelada", no que eu acho que ele está certo; afinal, assim o fator psicológico de nervosismo é deixado de lado. Porém, a notícia é dada quase como uma afronta ao Inter, com direito a um "o clima de guerra nos Pampas já deve estar armado".



Já não chega a bobagem que foi o "dossiê" do Fernando Carvalho? Gente burra sem pauta = reportagens irresponsáveis.

25 de jun. de 2009

Libertadores, Copa do Brasil e o exemplo ianque

O jogo de ontem entre Cruzeiro e Grêmio foi o que se esperava e pode ser resumido na próxima frase: um caminhão de gols perdidos pelo ataque gremista, o Cruzeiro impondo seu melhor futebol em casa, Kléber sendo o pau no cu de sempre e tornando o jogo tão confuso quanto se espera de uma Libertadores e Souza sendo o único jogador gremista de ataque realmente produtivo. Ou seja, o mesmo de sempre. A única coisa inesperada foi o árbrito ter sido substituído no segundo tempo, não por causa da péssima arbitragem, mas por uma lesão muscular.

A meu ver, o jogo mostrou algumas coisas para os dois times:

- Que o Grêmio precisa urgentemente de atacantes que FAÇAM gol, porque a parte da criação de oportunidades está ok há tempos (aliás, eu começaria o próximo jogo com o Herrera e o Maxi Lopes no ataque; caso não dê certo, faria como o Carpegiani no Vitória e colocaria, sei lá, o lateral direito como centroavante);
- Que o Cruzeiro deve manter fora de casa o mesmo ritmo de jogo de quando joga em casa - o que, aliás, só fez uma vez na Libertadores, justamente no seu melhor jogo fora na competição, contra o São Paulo;
- Que dizer que não saber o que é "macaco" em português é de uma inocência que beira o desespero de quem não sabe o que argumentar depois de fazer uma cagada - que vai esquentar, e muito, o jogo de volta, e pode prejudicar o tricolor gaúcho.

Enfim, agora o Grêmio precisa de um 2 a 0 para passar para a final. Está em uma situação muito parecida com a do seu rival, que com esse resultado leva a decisão da Copa do Brasil para os pênaltis. E, se o colorado ainda pode se sagrar campeão, é óbvio que o Grêmio também mantém as chances de seguir em frente na Libertadores. Afinal, 2 a 0 não é um resultado tão impossível assim de se conseguir. Estão aí os EUA na Copa das Confederações para provar isso.

21 de jun. de 2009

Brasil 3 x 0 Itália

O que está acontecendo com o mundo? Não digo tanto pelo resultado de três a zero construído por um Brasil que praticamente estuprou seu adversário, mas sim pelo terceiro gol dos Estados Unidos contra o Egito, que desclassificou a Itália. Todos sabiam que a azurra devia passar para a segunda fase com a pior campanha na bagagem. O que vem a seguir, melancias quadradas?

Em campo, os italianos entraram com sono, sob efeito de calmantes, depois de tomar litros de leite quente, e acredito que na preleção o técnico leu uma historinha de ninar para os jogadores. O time simplesmente mancava no gramado enquanto, do outro lado, o Brasil mantinha sua solidez defensiva e tentava escantear Robinho no ataque para o Cityado não estragar tudo. O filho de jamaicanos Ramires já havia apalpado a trave quando Maicon, o Descontrolado, chutou a bola como se ela fosse uma manga. Mas havia Luís Fabiano no meio do caminho. O centroavante brasileiro arrefeceu a trajetória da pelota com o pé esquerdo, já preparando-se para o chute mascado mas suficientemente certeiro que colocou os comandados de Dunga na frente. Seis minutos depois, Robinho puxou um contra-ataque e passou para Kaká. Evangélico que é, o agora merengue tentou devolver a graça, mas a boa fortuna fez com que a bola ficasse fora do alcance de seu companheiro, sobrando para Luís Fabiano - que apareceu de fora do enquadramento e balançou os barbantes. Mais dois minutos de celebração e DosSENA, fazendo juz à seu sobrenome meio-brasileiro, cortou um cruzamento do inominável como se estivesse atravessando uma rua movimentada e marcou contra. Brasil três a zero.

E foi isso o jogo. Um parágrafo de futebol. O resto da partida seguiu-se apenas como protocolo, já que EUA e Egito jogavam ao mesmo tempo e tal, mas em nenhum momento os azurros entraram na área canarinho com ganas de socar a bola pra dentro do gol. O goleiro Buffon até deu risada quando estava perdendo. E, na boa, esses não são os italianos que eu conheço. Como falei acima, só podem ter entrado drogados.

18 de jun. de 2009

Brasil 3 x 0 USA

Caso o tão amado Bush Jr. ainda estivesse na cadeira de chefe dos Estados Unidos, levar um gol de Robinho e outro de Felipe Melo fatalmente aceleraria o processo do escudo antimísseis. Porque, ao contrário do que acontece na geopolítica, os estadunidenses aceitaram passivamente o domínio brasileiro. E, mostrando que o alto índice de obesidade do país não é à toa, levaram um chocolate.

Logo aos seis minutos de pelada, Maicon cobrou falta e Felipe Melo saiu lá de trás, da Fiorentina, passou sorrateiramente pelos marcadores, subiu sozinho e deixou os canarinhos à frente. Os EUA tentaram devolver o safanão, mas sem mísseis TOMAHAWK eles não são os mesmos - além do mais, a defesa do Brasil estava segura, com Miranda substituindo bem o poupado Juan e Lúcio fazendo a blietzkrieg geral no campo. A solidez brasileira era inversamente proporcional à de sua moeda no mercado. Pra melhorar, os estadunidenses fracassaram miseravelmente na cobrança de um escanteio, permitindo que André Santos surrupiasse a pelota e largasse pra Kaká. O futuro merengue, então, apenas escorou para que um Ramires TUNADO desbravasse o campo a galope, ultrapassando dois DRAGSTERS no percurso. Com apenas um zagueiro à frente, o bólido cruzeirense, temente a Deus e almejando sua vaga no céu, deu a gorduchinha de presente para que Robinho garantisse sua convocação pelo próximo ano. Brasil 2, inimigos do mundo zero.

As equipes voltaram para o segundo tempo com o mesmo esquema de submissão, tal qual um casal onde a mulher é muito mais bonita do que o homem. A torcida nas arquibancadas clamava por Obama, mas o técnico se fez de surdo. Pior pra ele, que viu Maicon, Kaká e Ramires arquitetarem uma tramóia digna de novela no terceiro e mais bonito gol da seleção brasileira. A partir daí, os comandados de Dunga lamberam os beiços e só administraram a vantagem, tocando a bola pra lá e pra cá e botando os americanos no forró. Eles até melhoraram e acertaram a trave, mas as tentativas de estufar a rede foram semelhantes à de implantar democracia no Iraque: FAIL. Agora o Brasil é o primeiro nesse grupo nonsense e pega uma Itália desesperada no domingo. Resta saber se os brasileiros tem culhões para pegar a massa à faca.

15 de jun. de 2009

Brasil 4 x 3 Egito

Enquanto os jogadores do Brasil entravam em campo, Dunga botou uma carne no fogo e umas cervejas na geladeira, pra fazer o clássico churrasco depois do futebolzinho tranquilo de segunda. Isso ficou claro no momento em que a zaga egípcia fervorosamente surrou o ar, aos cinco minutos, deixando Kaká livre pra balançar as redes. Claro, três minutos depois o egípcio Abou Trika flanou por cima de Kléber e largou a pelota na cabeça do carequinha Zidan (calma, não aquele), que testeou com vontade e sem chances para o salvador JC. Mas o gol espírita de Luís Fabiano e a boa intervenção de Juan ali na frente, fazendo 3 a 1, sugeriam que o tento do Egito foi apenas um lance de desatenção. O Brasil controlava a partida e o pagode rolava solto.

Chegamos à segunda etapa, então. Mesmas equipes, tudo igual. Pelo menos aparentemente. Enquanto a seleção canarinho continuava no ilariê, o Egito foi tomado por algum espírito faraônico e resolveu entrar na dança: em menos de dois minutos, Shawky e Zidan marcariam duas vezes em ataques alucinados, igualando a a churrascada. Só que após jogar areia nas juntas do Brasil, os campeões africanos não diminuíram o ritmo e seguiram acossando os filhos de Dunga, que nada faziam a não ser corroborar continuamente a falta de criatividade do treinador.

Eis que no final a equipe canarinho coloca em campo sua principal arma: a sorte. Em um escanteio aleatório, após um bate-rebate, e um chute desesperado, um dos egípcios dá um cotovelaço na bola dentro da área. Pênalti que Kaká, o único com culhões naquela equipe, bateu bem e converteu. E vitória do Brasil. Feia, suada, e não merecida, como tem sido na Era Dunga.

4 de jun. de 2009

Sufoco no Couto

Foi quase. O Inter entrou cauteloso contra o Coritiba, mas é uma linha tênue que separa a cautela da covardia aparente, e isso levou o Coxa a esmiuçar o colorado nos primeiros minutos, embora sem chances claras de gol. Aos poucos a equipe gaúcha foi emparelhando a pelada, mas suas tentavivas de armar contra-ataques fulminantes eram dilaceradas pelo QI de ostra de Taison e peos passes telegrafados de D'Alessandro. Não vamos esquecer, claro, que o Inter tinha o resultado do primeiro jogo a seu favor - portanto, jogava matreiramente com o regulamento sentado ao seu lado e dividindo uma cerveja.

Veio a segunda etapa e o Coritiba lançou-se alucinadamente ao ataque. Pereira quase marcou de cabeça, Marcio Gabriel teve boa chance, escanteios surgiam como RAMEIRAS na Av.Farrapos. Entretanto, tal qual já ocorreu com os melhores de nós, a equipe verde e branca ficou apenas nas preliminares e não conseguiu violar o gol adversário. Logo o colorado equilibrou novamente a pelada, mas as coisas paravam em Taison, até o momento em que este, percebendo ser mais útil em um jóquei do que em um campo de futebol, pediu pra sair. Giuliano, seu substituto, fez juz ao colega e errou uma chance clara. Foi então que Ariel, em um belo RODOPIO, fuzilou Lauro e balançou as redes. Coritiba um a zero.

Bolívar ainda faria o favor de ser expulso, mas a total falta de técnica da equipe paranaense negou-lhes o direito de ir à final. O Inter segurou a pseudo-pressão nos últimos minutos e agora joga contra o Corinthians pra decidir quem vence a Taça Atalho Para a Libertadores. Que percam os dois.

1 de jun. de 2009

In Cruiff we trust

Pênalti mais bem batido da história do mundo: