25 de out. de 2010

Brasileirão, 31ª rodada

Grêmio e Inter fizeram um Gre-Nal equilibrado, com cada time dominando em determinados momentos, e o placar de 2 a 2 é prova de que em raros momentos o futebol é justo (e talvez tenha sido o único Gre-Nal empatado que não deu vontade de cortar os pulsos durante a partida). Entretanto, o empate não foi bom resultado para ambos, que poderiam ter aproveitado o clássico totalmente NONSENSE onde o Atlético-MG venceu o então líder Cruzeiro por 4 a 3, com 3 gols de Obina, o que prova de que em raros momentos o futebol sai pra comer um lanche e deixa tudo ao acaso total. E o resto da turminha de cima também deu com os burros na água: o Fluminense ficou apenas no empate com o Atlético-PR, o Santos provou que só tem PENTEADO e perdeu de virada pro lanterna do campeonato. Só o Corinthians venceu o Palmeiras por um 1 a 0 choradinho.

O Botafogo finalmente ligou o modo "vitória" e saiu de sua sequência de empates ganhando justamente do... Vitória (ah, as ironias da vida). Flamengo e Vasco fizeram um jogo tão chato quanto o sotaque carioca e acabaram em um merecido 1 a 1, enquanto o São Paulo foi até o Castelão pra ser feito de bobo-da-corte pelo Ceará e o Atlético-GO conseguiu dar um suspiro grande com a vitória anoréxica de 1 a 0 sobre o Guarani. Pra fechar, o Avaí bateu o Goiás no que deve ter sido o jogo mais desimportante da história do campeonato.

Agora a balbúrdia tá mais ou menos assim, ó: o Fluminense lidera com o Cruzeiro fungando no cangote e o Corinthians um pontinho atrás, tentando literalmente tomar tudo de assalto. Bem depois vem a tropa da Libertadores, onde do Santos ao Grêmio tá todo mundo enrolado e se querendo. Lá embaixo o Grêmio Prudente olha todo mundo de contra-plongée, mas ainda tem bastante gente disputando pra ver quem vai ficar na Série A ano que vem e quem vai comer o pão que a CBF amassou.

Jogos da Rodada
Sábado, 23 de outubro
Botafogo 1X0 Vitória
Guarani 0X1 Atlético-GO

Domingo, 24 de outubro
Corinthians 1X0 Palmeiras
Goiás 1X0 Avaí
Ceará 2X0 São Paulo
Atlético-PR 2X2 Fluminense
Cruzeiro 3X4 Atlético-MG
Santos 2X3 Prudente
Grêmio 2X2 Internacional
Vasco 1X1 Flamengo

8 de out. de 2010

Brasileirão, 28ª rodada

O Grêmio recebeu seu xará Prudente no Olímpico, mas Jonas, que claramente não foi bem educado quando criança, deixou seu papel de anfitrião na CASAMATA e tocou o terror pra cima do adversário, garantindo a goleada. Já o rival Inter foi enfrentar o Ceará e voltou com uma partida sonolenta e uma derrota bastante estranha na bagagem. No confronto contra o Fluminense o Santos foi todo paixão, vencendo com 3 gols de Zé Love, enquanto o vice-líder Corinthians provou que o crime não compensa ao perder de virada pro Atlético-MG e também a chance de ser o dono da bola. O Botafogo, com tantos desfalques que poderia muito bem ser chamado de FÓSFORO, conquistou um empate com o Guarani graças aos culhões de El Loco Abreu, e na mesma noite viu seu colega de classe Vasco empatar de forma ainda mais desinteressante com o Atlético-PR. E o São Paulo, tão cruficicado nessas últimas rodadas, ficou nas nuvens com a vitória de 2 a 0 sobre o Vitória.

A noite seguinte foi toda do goleiro do Avaí, que, totalmente tomado pelo KARATÊ, saiu distribuindo tapas na bola e no Kléber e acabou sendo um dos responsáveis pelos 4 a 1 que seu time levou na fuça. Já o Flamengo, na estréia do Luxemburgo, venceu o Atlético-GO, finalmente dando uma respirada (menos para seus torcedores, que após a Vitória provavelmente estão cogitando o Mengão como favorito ao título). Pra fechar a conta, o Cruzeiro foi pão-duro e venceu o Goiás por um placar magro, mas fez o que devia ser feito e se valorizou ainda mais na tabela.

O Fluminense continua liderando, o que indica que há algo de muito errado com o mundo, agora seguido pelo Cruzeiro, que segue de vento em popa. Completa o G-3 o Corinthians, o que indica que o mundo entrou numa viagem de LSD e precisa sair o quanto antes. Lá embaixo o CAM tá quase conseguindo sair da UTI, a apenas um ponto do Avaí, mas como os times estão embolados feito o elevador de um prédio comercial às 18h, nada é certo. Na meiuca o Grêmio continua subindo, o Botafogo continua caindo e os times dessa zona continuam tentando buscar um papel relevante no torneio, seja em cima ou embaixo. Visibilidade é tudo.

Jogos da rodada
Quarta-feira, 06 de outubro
Fluminense 0X3 Santos
Grêmio 4X0 Prudente
Guarani 1X1 Botafogo
São Paulo 2X0 Vitória
Atlético-PR 0X0 Vasco
Atlético-MG 2X1 Corinthians
Ceará 1X0 Internacional

Quinta-feira, 07 de outubro
Flamengo 2X0 Atlético-GO
Goiás 0X1 Cruzeiro
Palmeiras 4X1 Avaí

5 de out. de 2010

Brasileirão, 27ª rodada

A rodada das eleições foi muito boa para os gaúchos. Afinal, foram 6 empates em 10 jogos, muitos deles em partidas que interessavam colorados e tricolores, enquanto eles fizeram a sua parte, goleando seus adversários: o Grêmio foi a Salvador e venceu por 3 a 0, com dois gols nos últimos dois minutos, e o Inter goleou em casa o Guarani, pelo mesmo placar. Quanto aos empates, eles aconteceram com Santos e Palmeiras, Corinthians e Ceará, Grêmio Prudente e Fluminense, Cruzeiro e Atlético-PR, Botafogo e Flamengo e Avaí e São Paulo. Fechando a rodada, dois jogos emocionantes: na sexta, após ver o Goiás sair na frente duas vezes, o Vasco mostrou pela primeira vez porque é o time da virada e levou três pontinhos. E, no jogo dos desesperados, o Atlético-MG tomou uma virada mas conseguiu virar pra cima do seu xará, com um gol de bicicleta do Rever(?) e outro aos 47 do segundo tempo, mas mesmo assim ainda vai ficar pelo menos mais duas rodadas na zona do descenso. Com tantos empates, é óbvio que a situação do campeonato não se alterou muito, mas pelo menos podemos afirmar duas coisas: o Inter voltou a brigar HIPOTETICAMENTE pelo título, enquanto o Renato Gaúcho foi a melhor contratação do Grêmio na década.

Jogos da rodada
Sexta-Feira, 1º de outubro
Vasco 3 x 2 Goiás

Sábado, 2 de outubro
Vitória 0 x 3 Grêmio
Santos 1 x 1 Palmeiras
Corinthians 2 x 2 Ceará
Grêmio Prudente 1 x 1 Fluminense
Internacional 3 x 0 Guarani
Cruzeiro 0 x 0 Atlético-PR
Botafogo 1 x 1 Flamengo
Avaí 0 x 0 São Paulo
Atlético-GO 2 x 3 Atlético-MG

30 de set. de 2010

Brasileirão, 26ª rodada

Com dois gols de André Lima e Jonas provando que merece lugar entre os cinco melhores do mundo no final do ano (e também entre os indicados a algum prêmio Nobel) o Grêmio fez o São Paulo comer o pão que o diabo amassou, enquanto o Inter sucumbiu ao Palmeiras graças a dois gols contra do Renan do Marcos Assunção. Na partida entre Corinthians e Botafogo um auxiliares fez jus ao nome de sua profissão quando, anulando um gol legal dos cariocas, auxiliou o "timão" a conseguir um empate. O Flamengo empatou com o Goiás e continua a onda de maus resultados (e de trocadilhos infames direcionados ao técnico Silas), o Vasco mudou seu status do Orkut de "empate" pra "vitória" (e provou que o Santos de Neymar é penteado de mais e bola de menos) e o Fluminense arrancou uma vitória pra cima do Avaí quando a música estava prestes a acabar e saiu dançando a Conca.

Já o Prudente foi Ousado e festejou uma boa vitória pra cima do Guarani, embora continue na rabeira do cortejo. E se a vitória contra o Vitória fez o Atlético-PR dar uns pulinhos pra cima na tabela, o outro Atlético empatou sem gols com o Ceará e, tal qual seus companheiros mineiros no Chile, continua soterrado.

Agora aquele timezinho FLUFLU continua na ponta do campeonato com o Corinthians em segundo tentando ASSALTAR o título. Fechando o G-3 vem o Cruzeiro provando que não está a ver navios, a sete distantes pontos do Inter, o quarto colocado. A meiuca continua enrolada como sempre e, como só dá vaga pra Sonoamericana, desimportante como sempre. Lá embaixo projeta-se uma quase exterminação dos Atléticos brasileiros, além do Prudente e do Goiás. E, claro, fica a torcida dos brasileiros para que o Flamengo desça um pouquinho mais e faça parte da anti-elite futebolística.

Jogos da rodada
Terça-feira, 28 de setembro
Vasco 3X1 Santos
Goiás 1X1 Flamengo

Quarta-feira, 29 de setembro
Prudente 4X2 Guarani
Atlético-PR 1X0 Vitória
Cruzeiro 3X0 Atlético-GO
Palmeiras 2X0 Internacional
Fluminense 1X0 Avaí
Grêmio 4X2 São Paulo
Corinthians 1X1 Botafogo
Ceará 0X0 Atlético-MG

27 de set. de 2010

Brasileirão, 25ª rodada

O destaque do sábado foi a goleada do Santos no Cruzeiro: Neymar jogou bagarái e o peixe fez 3 gols com um a menos, sendo que o terceiro foi um GOLAÇO. Já o Vasco ia empatando mais uma (sono...) quando o árbitro INVENTOU um pênalti para o Guarani tirar o zero do placar. O Atlético-GO segue fazendo uma ótima campanha no segundo turno e venceu o Grêmio Prudente (time que depende de um milagre para não cair); pena que a campanha no 1º turno foi tão ruim que ainda não dá pra comemorar a fuga da zona do rebaixamento... Falando em rebaixamento, o Flamengo mostrou que está louco pra entrar nela ao perder para o Palmeiras, ex-rei dos empates, enquanto que o Goiás tenta fugir ao vencer o São Paulo em pleno Morumbi com três gols no 1º tempo!

Já o destaque do domingo foi a emocionante partida entre Inter e Corinthians, com o gol da vitória colorada saindo no último minuto, com uma falta em que a bola desviou na barreira e entrou no ângulo, não sei antes bater na trave. Três pontos colorados que tiraram a liderança do Timão, que viu o Fluminense ultrapassá-lo ao vencer o Vitória. O Grêmio afundou ainda mais o Atlético-MG (mesmo com técnico novo - que fria, hein Dorival?), enquanto o Atlético-PR segue em sua ótima campanha no 2º turno, tendo empatado no último minuto com o Botafogo. Adivinha qual foi o placar entre Avaí e Ceará (que ERA, até então, a defesa menos vazada da competição)? Hawaii 5.0!

Jogos da rodada
Sábado, 25 de setembro
Atlético-GO 3 x 0 Grêmio Prudente
Santos 4 x 1 Cruzeiro
São Paulo 0 x 3 Goiás
Flamengo 1 x 3 Palmeiras
Guarani 1 x 0 Vasco

Domingo, 26 de setembro
Vitória 1 x 2 Fluminense
Botafogo 1 x 1 Atlético-PR
Internacional 3 x 2 Corinthians
Avaí 5 x 0 Ceará
Atlético-MG 1 x 2 Grêmio

23 de set. de 2010

Brasileirão, 24ª rodada

Enquanto o Grêmio, também conhecido como "Instituição de Caridade de VELHINHOS", ficava desnorteado com o empate que levou do Flamengo no apagar das luzes, o Inter tentava descobrir quem diabos mexeu com as leis da probabilidade pra resultar na derrota para o Atlético-PR. Já Neymar, que foi pivô, LATERAL e SEGUNDO ATACANTE de uma confusão bizarra no Santos, esqueceu que o futebol tem leis próprias e viu seu time perder para o Corinthians graças à toda essa balbúrdia (e o Corinthians continua na liderança, o que deixou os corinthianos cheios de soberba. O legal é que sempre que um corinthiano tá cheio de soberba, ele quebra a cara). Quanto aos outros paulistas, o Palmeiras de Felipão LAMBEU OS BEIÇOS com a goleada de 1 a 0 sobre o Grêmio Prudente e o São Paulo venceu o Guarani para assim, tal qual filmes de comédia adolescentes, manter-se na mediocridade.

O Cruzeiro mostrou-se uma moeda estável e venceu o Ceará por 2 a 0, mantendo-se na terceira posição, à frente do Botafogo, que ficou só num empate murrinha com o Vasco. E se por um lado a vitória do Goiás sobre o Atlético-GO ficou meio tipo "Madrugada dos Mortos contra Zumbilândia", a goleada do Fluminense sobre o Atlético-MG deixa o time carioca em PONTO DE BALA PERDIDA (piada obrigatória), pois estão a apenas dois pontos do líder - entretanto, afundou ainda mais os simpáticos mineiros atletistas, que continuam na zona e mandaram Luxemburgo se engravar pra outras bandas. Fechando a rodada, o Vitória fez jus ao seu nome e despachou o Avaí com facilidade, deixando a galera do HULA-HULA bem pertinho ali dos rebaixados.

Jogos da Rodada
Quarta-Feira, 22 de Setembro
Prudente 0X1 Palmeiras
São Paulo 2X1 Guarani
Goiás 1X3 Atlético-GO
Cruzeiro 2X0 Ceará
Vasco 2X2 Botafogo
Santos 2X3
Grêmio 2X2 Flamengo
Atlético-PR 1X0 Internacional

Quinta-feira, 23 de setembro
Vitória 3X0 Avaí
Fluminense 5X1 Atlético-MG

20 de set. de 2010

Brasileirão, 23ª rodada

No sábado, no duelo entre os Atléticos, o paranaense manteve a boa campanha e afundou o seu xará. Falando em afundar, o Grêmio Prudente está completamente afundando, ainda mais depois do saco que levou do Corinthians. No último jogo da noite, Botafogo e Cruzeiro fizeram um jogo excelente cujo resultado não agradou nenhum dos dois times - apesar de ter sido claramente melhor para a Raposa.

No domingo, o Inter tirou a invencibilidade de PC Gusmão no comando do Vasco e segue sonhando com o título, enquanto o Grêmio meteu três no seu mais novo saco de pancadas, o Avaí. Se os gaúchos tiveram 100% de aproveitamento na rodada, os cariocas se deram mal, pois além de Botafogo e Vasco não terem vencido, o Fla-Flu terminou empatado - e o Flamengo, que não faz gol nunca, quando faz, faz um monte, mas decide levar um monte também. Para completar, o São Paulo venceu o clássico paulista contra a equipe do Felipão, e o Atlético-MG e o Goiás seguem no G-4 de baixo, graças à vitória do Vitória (repetição obrigatória) - que tira o time baiano da parte inferior da tabela, por ora - e do empate do Ceará - que está pedindo pra se complicar e ser rebaixado - respectivamente.

Jogos da rodada:
Sábado, 18 de setembro
Atlético-GO 1 x 2 Atlético-PR
Corinthians 3 x 0 Grêmio Prudente
Botafogo 2 x 2 Cruzeiro
Domingo, 19/09/2010
Internacional 1 x 0 Vasco
Atlético-MG 2 x 3 Vitória
Palmeiras 0 x 2 São Paulo
Guarani 0 x 0 Santos
Flamengo 3 x 3 Fluminense
Avaí 0 x 3 Grêmio
Ceará 1 x 1 Goiás

13 de set. de 2010

Brasileirão, 21ª rodada

Esta rodada foi da parte de baixo. À exceção do Botafogo, que venceu o São Paulo, e do Cruzeiro, que ganhou do Avaí, todos os outros primeiros colocados não conseguiram vencer seus confrontos contra os adversários que estão na parte de baixo da tabela. O Corinthians perdeu para o Grêmio, que definitivamente deixou a zona do rebaixamento, com um golaço do Douglas - daqueles que ele nunca mais vai fazer. O Fluminense deu três pontos para o Atlético-GO, que vai buscando sair da posição de pior equipe do campeonato. O Inter não conseguiu marcar nenhum golzinho em casa contra o Goiás, último colocado, enquanto o Santos perdeu para o Ceará em mais um jogo com polêmicas a respeito do Neymar; quando estava 1 x 1, ele tentou um lençol daqueles de puxeta, mas, quando o Ceará estava vencendo, teve que ver o pessoal do time cearense tentando humilhar os zagueiros santistas. Aí, no fim do jogo teve confusão, com o Neymar partindo pra cima de um jogador do Ceará, polícia entrando em campo e denúncia de agressão policial. Mas já está tudo bem; afinal, o Santos perdeu e se distanciou um pouco da briga pela Tríplice Coroa. Por último, mas não menos importante, eu teria adivinhado o placar de Palmeiras e Vasco; afinal, são os dois times com mais empates na competição - e o Vasco segue invicto com PC Gusmão, mas nem sei se isso é tão bom, porque devem ser uns 423 empates...

Jogos da rodada:
Sábado, 11 de setembro
Corinthians 0 x 1 Grêmio
Flamengo 2 x 2 Vitória
Atlético-GO 2 x 1 Fluminense

Domingo, 12 de setembro
Palmeiras 0 x 0 Vasco
Botafogo 2 x 0 São Paulo
Atlético-MG 1 x 0 Grêmio Prudente
Avaí 1 x 2 Cruzeiro
Guarani 1 x 0 Atlético-PR
Internacional 0 x 0 Goiás
Ceará 2 x 1 Santos

9 de set. de 2010

Brasileirão, 20ª rodada

Começou o returno, e agora sim vamos ver quem é que tem BALA NA AGULHA pra chegar bem até o final. O Grêmio começou fazendo seu papel, que é o típico "vencer o Atlético-GO em casa por 2 a 0 quando podia ser facilmente 4 ou mais", enquanto o Inter perdeu pro Cruzeiro (mas acertadamente o colorado liga tanto pro campeonato quanto advogados pra ética). O Fluminense se manteve EM RIBA com uma vitória básica sobre o Ceará e se beneficiou do empate entre Corinthians e Atlético Paranaense. Já no clássico dos queridinhos da Globo o São Paulo foi quem ganhou sobremesa, com um 2 a 0 que colocou o Flamengo no horizonte do rebaixamento. Em Goiás, o Guarani perdeu e começa o tradicional descenso dos clubes que não tiveram PULMÃO pra chegar com fôlego na outra margem.

Hoje no clássico dos SEM SAL o Vasco e o Atlético Mineiro empataram em 1 a 1, enquanto em outro canto desse BRASILZÃO Grêmio Prudente e Avaí, tomados pela inveja, repetiram o placar de vascaínos e atleticanos. Mas o grande lance da rodada foi de El Loco Abreu, que fez o gol da vitória do Botafogo sobre o Santos aos 45 do segundo tempo. E foi um golaço. E fez com que o Fogão SURRUPIASSE a vaga dos santistas no G-4. E após fazer tudo isso, após ver a pelota chacoalhar nas redes, Abreu simplesmente saiu caminhando como se estivesse na PRAIA - faltou só pedir o CHIMARRÃO, sentar e começar a contar um CAUSO. Maior que Pelé.

Jogos da rodada:
Quarta-feira, 08 de setembro
Goiás 3X1 Guarani
Cruzeiro 1X0 Internacional
Fluminense 3X1 Ceará
Grêmio 2X0 Atlético-GO
Atlético-PR 1X1 Corinthians
São Paulo 2X0 Flamengo
Vitória 1X1 Palmeiras

Quinta-feira, 09 de setembro
Santos 0X1 Botafogo
Prudente 1X1 Avaí
Vasco 1X1 Atlético-MG

6 de set. de 2010

Brasileirão, 19ª rodada

As duas maiores goleadas da rodada têm a ver com o estado de Goiás: o Corinthians atropelou o Goiás no sábado, por 5 x 1, enquanto o Atlético-GO nem parecia o time que estava em penúltimo lugar, lado a lado com o seu rival estadual, e venceu o Vitória (que ora parece que vai brigar por algo grande, ora parece que vai cair) por 4 x 1. A rodada também se destacou por incríveis recuperações de times que pareciam ter perdido seus jogos: começou no sábado, quando o Botafogo achou que ia golear o Grêmio ao abrir dois gols, mas acabou tomando o empate. Depois, no domingo, o Atlético-MG conseguiu virar o jogo pra cima do São Paulo, mas acabou levando a revirada (existe isso?) e perdendo por 3 x 2. Outra virada foi a do Cruzeiro, que estava perdendo por dois gols fora de casa, e virou de maneira heroica para 3 x 2.

O Vasco manteve a invencibilidade de PC Gusmão no comando da equipe ao vencer o Ceará, fora de casa, por 2 x 0, enquanto o Inter, pelo mesmo placar, venceu o Grêmio Prudente e comemorou mais um êxito sobre um Grêmio. Já o Atlético-PR ganhou do Avaí fora de casa com um gol aos 49 do segundo tempo, depois de um tiro de meta que foi direto para o atacante marcar. Gol de pelada. Aliás, pelada foi Santos e Flamengo, que terminou sem gols - aliás, o rubro-negro tem o pior ataque da competição.

Jogos da rodada
Sábado, 4 de setembro
Corinthians 5 x 1 Goiás
Botafogo 2 x 2 Grêmio
Ceará 0 x 2 Vasco

Domingo, 5 de setembro
Avaí 0 x 1 Atlético-PR
Palmeiras 2 x 3 Cruzeiro
Guarani 2 x 1 Fluminense
Flamengo 0 x 0 Santos
Internacional 2 x 0 Grêmio Prudente
Atlético-GO 4 x 1 Vitória
Atlético-MG 2 x 3 São Paulo

30 de ago. de 2010

Brasileirão, 17ª rodada

No sábado, os dois times brasileiros já classificados para a Libertadores 2011 venceram em casa e continuam no G-4: o Santos venceu o último colocado Goiás, enquanto o Inter passou pelo Botafogo, então terceiro colocado, que agora caiu para a 5ª posição. PC Gusmão segue invicto com o Vasco após o empate com o Cruzeiro e o Grêmio Prudente ganhou um pontinho contra o Ceará para fugir um pouco mais da zona do rebaixamento.

Já no domingo tivemos duas viradas. Uma afundou ainda mais o Atlético Mineiro, presente do Palmeiras, e a outra foi espetacular: o Guarani, que perdia para o Flamengo até os 45 do segundo tempo, entrou em modo Chuck Norris e em dois minutos e meio fez 2x1. O Fluminense empatou com o Rogério Ceni, que fez um gol e pegou um pênalti no Maracanã, enquanto o Corinthians venceu o Vitória, com destaque para o lançamento do Roberto Carlos no 1º gol e o dirigível que a diretoria colocou em campo para exibir os patrocínios do time (mais conhecido como Ronaldo, o fenômeno - sim, porque é um fenômeno um jogador com mais de 100 quilos estar jogando); com esses dois resultados, o Timão encostou no Flu e está a três pontos de distância. Na parte de baixo da tabela, Grêmio e Atlético-GO ganharam um pontinho cada e estão no mesmo lugar que antes.

A nota do fim de semana vai para a Série C, que tem o Juventude de Caxias, que estava na série A até outro dia, a uma derrota da queda para a Série D. Coitado do pessoal de Caxias do Sul; os torcedores do Juventude pelo óbvio incômodo da quase queda, e os torcedores do Caxias por só conseguirem comemorar o malogro do adversário, já que também estão na Série C.

Jogos da rodada
Sábado, 28 de agosto
Santos 2 x 0 Goiás
Internacional 1 x 0 Botafogo
Vasco 1 x 1 Cruzeiro
Ceará 2 x 2 Grêmio Prudente

Domingo, 29 de agosto
Atlético-MG 1 x 2 Palmeiras
Corinthians 2 x 1 Vitória
Guarani 2 x 1 Flamengo
Atlético-PR 1 x 1 Grêmio
Fluminense 2 x 2 São Paulo
Atlético-GO 2 x 2 Avaí

26 de ago. de 2010

Brasileirão, 16ª rodada

O Grêmio jogou bem, mas não contou com o grande destaque do Santos depois do Ganso, o juiz, e acabou derrotado na finalera. O Inter venceu o Avaí, mas ninguém realmente se importava com essa partida. O destaque negativo ficou por conta do Palmeiras, que encheu a cara nos seus 96 anos e acabou DESBARATINADO pelo Atlético-GO por humilhantes 3 a 0. O Fluminense venceu e se distanciou ainda mais do Corinthians, que foi até a Toca da Raposa e não conseguiu suas uvas. O Botafogo foi apenas uma faísca, mas o suficiente pra vencer o Ceará, enquanto seus outros dois colegas de sotaque chiado ficaram no empate sem gols: o Vasco com o São Paulo e o Flamengo com o Atlético-MG.

Fechando a rodada, o Guarani transformou o Vitória em uma contradição ao empatar com o time baiano no Barradão, e o Atlético-PR venceu o Grêmio Prudente naquele que deve ter sido o jogo menos relevante da história. Agora o Fluminense mantém a BONANÇA, acompanhado no G-Libertadores por Corinthians, Botafogo e Santos. Do outro lado, o Grêmio volta pro abate, junto com Atlético-MG, Atlético-GO e Goiás, mas a coisa tá embolada e ninguém é de ninguém.

Jogos da rodada
Quarta-feira, 25 de agosto
Goiás 0X3 Fluminense
Botafogo 1X0 Ceará
Avaí 0X1 Internacional
Prudente 0X1 Atlético-PR
Grêmio 1X2 Santos
Cruzeiro 1X0 Corinthians
São Paulo 0X0 Vasco

Quinta-feira, 26 de agosto
Palmeiras 0X3 Atlético-GO
Vitória 1X1 Guarani
Flamengo 0 x 0 Atlético-MG

20 de ago. de 2010

Inter 3 x 2 Chivas

Por André

Acabou. Depois de uma bela campanha onde enfrentou equipes fortes, o Inter mostrou qualidades indiscutíveis e, mesmo tropeçando eventualmente, chegou ao topo da América. Meus dedos sangram ao escrever estas palavras, mas é impossível não admitir a façanha colorada.

Tal qual escrevi no primeiro texto, o Chivas chegou à final desesperançado. Porque não tem time pra bater o Inter. Ficou claro na primeira partida, e o segundo jogo só corroborou isso - o belo gol dos mexicanos, no final do primeiro tempo, foi mais achado do que camiseta do Grêmio em eventos ao redor do planeta. Os colorados foram superiores, mas, tomados pelo DRAMA, quiseram deixar a coisa mais difícil.

No segundo tempo a vaca foi pro brejo de vez. Sóbis, totalmente fora de ritmo, fez o que devia ser feito e igualou a partida. E coube a LEANDRO DAMIÃO (eu disse LEANDRO DAMIÃO) colocar o Inter na frente, provando que final com time mexicano não faz nenhum sentido mesmo. E se isso por si só já liquidava o Chivas, Giuliano, o melhor jogador dessa Libertadores depois do Verón (porque NINGUÉM NO MUNDO joga mais do que o Verón) fez o seu pra manter a tradição e levou a torcida ao CLÍMAX. Preocupado com a dramaticidade do evento, Araujo descontou na finaleira, mas aí a taça já tinha dono.

Agora está tudo igual no Rio Grande do Sul: duas Libertadores pra cada lado, um mundial pra cada lado. De certa forma, o Inter finalmente se equiparando ao Grêmio após trinta anos vai, no mínimo, fazer com que a direção gremista se mexa pra ganhar alguma coisa de novo. Fica aqui o meu remorso pelo Inter ter vencido e meus sinceros parabéns ao Valter e a todos os colorados que estão lendo isso daqui. Foi merecido.

Vamos ver agora quem será o próximo a largar na frente.

Foto: Jefferson Bernardes/AFP

Por Eu Mesmo

A Libertadores não é fácil. Definitivamente, não é para qualquer um. Os clubes brasileiros sabem desta dificuldade e idolatram a competição exatamente da maneira que ela merece, tal como fosse um jantar romântico com a Penélope Cruz - uma verdadeira conquista. A dificuldade da competição pode ser medida, por exemplo, no número de clubes brasileiros que já a venceram - apenas 8, em 40 anos de torneio. Nos últimos três anos, três brasileiros chegaram à final - Cruzeiro, Fluminense e Grêmio -, e TODOS perderam, com destaque para o tricolor gaúcho, que sofreu a maior diferença de gols em uma final de Libertadores. Por tudo isso, o Inter sabia que, apesar de haver vencido o primeiro jogo, o título, se viesse, provavelmente não viria de forma fácil. E foi o que aconteceu, pelo menos até os 30 minutos do segundo tempo.

Em um primeiro tempo tenso, o Chivas, precisando da vitória, não conseguia passar do meio-campo. Já o colorado, apesar de jogar em casa, exibia um futebol tenso, errando bolas fáceis e não chegando tanto ao gol adversário quanto na primeira partida. E assim foi o primeiro tempo, até que, aos 43 minutos, Bravo fez um belo gol, com aquele voleio que é quase uma bicicleta, e decretou a ida para os pênaltis, pelo menos por enquanto. Tal qual no jogo de ida, o Inter jogava melhor no primeiro tempo, mas tomava um gol no fim da primeira etapa. O problema era que, diferentemente doa partida anterior, nesta as coisas estavam mais complicadas.

É óbvio que no segundo tempo o Inter foi pra cima. Aos 8 minutos, Kléber deixou Rafael Sóbis na cada do gol, mas o goleiro saiu bem e fechou o ângulo do atacante, impedindo o gol. Oito minutos depois, Kléber serviu Sóbis novamente, desta vez num cruzamento milimétrico, e agora ele não desperdiçou. Com o gol, o colorado começou a tomar uma leve pressão do Chivas, que tentava a todo custo mais um gol. Aí Roth tirou Sóbis e colocou Leandro Damião, aos 26. Em quatro minutos, o jogador fez duas coisas dignas de nota: aos 27, deu uma joelhada na testa de tinga, abrindo um Grand Canyon na cabeça do companheiro; e, aos 30, em linda arrancada de 51 metros, deu uma meia-lua no adversário e tocou para as redes na saída do goleiro: era a virada colorada. O Beira-Rio, tenso até então, finalmente soltou o grito de "É campeão". Só faltava o gol de Giuliano, aquele que marcou gols importantíssimos ao longo da Libertadores, e ele veio, na forma de golaço: da entrada da área, driblou dois jogadores e deu um toque sutil por cima do goleiro. Um grand finale para uma atuação de gala do melhor reserva do futebol mundial na atualidade. Ah, o Chivas fez mais um gol também, mas como não valia nada, esse ninguém viu. Ainda sobrou uma leve pancadaria depois do apito final, só para lembrar o público que ali estava rolando um jogo da Libertadores, mas todos os presentes no estádio estavam preocupados demais em comemorar o segundo título do Inter da Taça Libertadores da América, o torneio mais importante do continente.

Ao André e a todos os gremistas que acompanham o blog, um sincero pesar pela escolha de clube mais equivocada da década. Afinal, na primeira década do século XXI, o Internacional venceu seis títulos estaduais, uma Recopa Sul-Americana, uma Copa Sul-Americana, duas Libertadores e um Mundial. Isso sem contar alguns outros títulos internacionais de menor importância (Copa Subaru, Copa Dubai...) e os três vice-campeonatos brasileiros e um na Copa do Brasil. E ainda tem o Campeonato Brasileiro e o Mundial neste ano. Além de ter o mais bem-sucedido plano de sócio-torcedor do Brasil e estar entre os dez clubes com mais sócios NO MUNDO. Por tudo isso, o Inter se consagra nesta década como a melhor equipe do Brasil e uma das melhores do mundo. Em comparação com o Grêmio, tem os mesmos grandes torneios internacionais, com a vantagem de ter uma Sul-Americana, coisa que o rival não tem, e de nunca ter caído para a segunda divisão no Brasil, coisa que o tricolor já alcançou duas vezes.

Definitivamente, a Libertadores não é pra qualquer um.

16 de ago. de 2010

Brasileirão 14ª Rodada

O EFEITO RENATO já se apossou do Grêmio: jogando bem e com autoridade, venceu o Goiás no Olímpico e tirou a corda do pescoço. Já o Inter foi até o Rio de Janeiro pra levar um sacode, o que não faz muita diferença, pois o que importa pro colorado é a Libertadores mesmo - entretanto, o Fluminense ligou o TURBO na tabela com essa vitória, já que o Corinthians perdeu pro Avaí (que ocupa a terceira posição da tabela, mostrando que o mundo não faz nenhum sentido). Enquanto isso o rival Palmeiras, tomado por toda a força que tem o bigode do Felipão, bateu com segurança o Atlético Paranaense - salvando a rodada dos grandes paulistas, pois o São Paulo empatou em casa com o Cruzeiro e o Santos levou uma BORDOADA do Vitória, provando ser a maior enganação desde a CHERRY COKE.

Com a vitória sobre o Atlético-GO o Botafogo garantiu sua presença na PANELINHA de cima, enquanto via o Flamengo vencer com gol do octagenário Petkovic e o Vasco continuar sua ascensão alucinada. Pra fechar a rodada o Atlético-MG conseguiu vencer o Guarani, mas continua ali na zona da PROCTOLOGIA e tremendo nas bases, embora, todos sabem, a tabela do Brasileirinho costuma virar do avesso no segundo turno. É esperar pra ver.

Sábado, 14 de agosto
Flamengo 1X0 Ceará
Atlético-GO 0X2 Botafogo
Palmeiras 2X0 Atlético-PR
Atlético-MG 3X1 Guarani

Domingo, 15 de agosto
Avaí 3X2 Corinthians
São Paulo 2X2 Cruzeiro
Fluminense 3X0 Internacional
Prudente 1X2 Vasco
Grêmio 2X0 Goiás
Vitória 4X2 Santos

12 de ago. de 2010

Chivas 1 x 2 Inter

Por André

Foi uma partida estranha. E não só pela grama sintética, que, sinceramente, me ofendeu a ponto de eu quase redigir uma CARTA para o presidente da CONMEBOL. Pareceu que o placar estava decidido antes da partida e os times entraram em campo apenas para cumprir o protocolo.

Desde o início o destino, atuando através do Inter, mostrou seu desacordo com a presença dos mexicanos: a equipa gaúcha tocava a bola como se estivesse em um CHURRASCO, encurralando os MUCHACHOS no seu campo de defesa. Entretanto, os colorados pouco conseguiam fazer, pois o Chivas ficava GUARDANDO CAIXÃO na frente da área. Daí o gênio BORGETTI, dos atacantes mais clássicos de seu tempo, POSSUIU o mexicano Bautista aos 46 minutos, e, no último lance do primeiro tempo, o meio-campista marcou um gol ÉPICO de cabeça, de fora da área.

Celebrei VIOLENTAMENTE, mas como torcedor de futebol, e não como gremista. Pois a virada colorada parecia inevitável. O segundo tempo voltou nos mesmo termos, o Inter tentando, o Chivas se mantendo, e assim por diante. Eis que Roth conserta uma clássica ROTHEADA e tira o inexistente Éverton de campo. Em seis minutos, e apesar das presenças do mentalmente deficiente Taison e da BONECA DE PANO D'Alessandro, o Inter virou: primeiro Kléber enviou a bola POR SEDEX na cabeça de Giuliano, que mais uma vez salvou a equipe. Alguns minutos depois, em mais uma bola alçada, Índio escorou a pelota para o ótimo Bolívar marcar o gol da virada.

O Chivas até queria colocar uma pressão depois, mas tipo, os caras não tem capacidade pra isso. Aí ficou nessas mesmo, e o Inter traz a decisão pro Beira-Rio com uma senhora vantagem. Como gremista, torcerei fervorosamente pelo Chivas. Mas sem esperanças. Já considero os colorados campeões, e a eficiência do Chivas, no final das contas, será apenas um uísque pra esquecer o resultado.

AFP

Por Eu Mesmo

O futebol é feito de fatos, não de números. Pouco adianta para um time atacar dez vezes mais, ou ter 70% de posse de bola, se no final o adversário colocar mais bolas dentro do gol - o grande objetivo desse esporte bretão. Pois bem, ontem tivemos um jogo em que o primeiro tempo foi de fatos e o segundo tempo, de fatos e números. E, para a alegria de metade do Rio Grande do Sul mais um, os fatos e os números foram do Internacional.

No primeiro tempo, o Inter colocou duas bolas na trave e, em certo momento da partida, tinha 73% de posse de bola. O Chivas não conseguia jogar. O Inter pressionava. Mas, como o futebol é feito de fatos, aos 46 minutos, na ÚNICA oportunidade do time mexicano na etapa inicial, Bautista acertou uma rara cabeçada de fora da área, encobrindo Renan, mal colocado (ele que ainda não justificou sua titularidade na Libertadores). Para piorar, Alecsandro, um dos artilheiros da equipe na competição, havia saído de campo machucado, dando lugar para Éverton, uma nulidade em campo.

O segundo tempo chegou, e com ele nova pressão colorada, que agora ficava meio vulnerável aos contra-ataques inexpressivos do Chivas. Os números eram do Inter, mas o fato é que a derrota estava em pé, rindo da sua cara. D'Alessandro, que ontem jogou muito bem, quase acertou um belo chute no ângulo. A bola não entrava, mas o time dominava. Até que, logo após Rafael Sóbis entrar no lugar do Éverton (praticamente um mea culpa do Roth), veio o empate, em ótimo cruzamento de Kléber para Giuliano, sempre ele, salvar o colorado. Cinco minutos depois, a grandiosa virada, desta vez com uma tabela de zagueiros na área, e de cabeça: após cruzamento de D'Alessandro, Índio serviu Bolívar, que completou para as redes. Depois foi só segurar o placar (apesar de eu achar que dava para ter tentado mais um) e ir pra galera.

Em certo momento, de tão bem que o Inter estava na partida, perguntei ao meu irmão: "O que o Celso Roth fez com esse time?". A resposta dele não poderia ser melhor: "A pergunta certa é o que o Fossati deixou de fazer". Isso porque o Inter tem jogado muito desde que o mal-amado Roth assumiu. Com isso, tem dado o melhor para a torcida, pois melhor do que vencer uma partida fora de casa, como foi o caso ontem, é vencer com a autoridade de um time que foi superior, que não deixou o adversário jogar. Melhor que o resultado em si é quando ele vem acompanhado de uma imposição que justifica esse resultado. Enfim, melhor vencer com fatos, é vencer com fatos e números.

10 de ago. de 2010

Brasileirão 13ª rodada

No sábado, duas goleadas: o Guarani segue desafiando a lógica de cair para a 2ª divisão e venceu o Avaí, enquanto o Botafogo atropelou o Atlético-MG, cujo time parece estar fazendo aqueles complôs para derrubar técnico. O problema é que quando o Luxemburgo cair pode ser tarde demais para se recuperar...

De qualquer forma, parecia que teríamos uma rodada cheia de gols, mas aí veio o domingo e acabou com as expectativas: o jogo com maior número de gols foi a vitória do Fluminense, líder do campeonato, sobre o Grêmio, na zona do rebaixamento há algumas incômodas rodadas, agora sem técnico e assistindo seu maior rival num ano pra lá de bem-sucedido. Eu nunca quis ser gremista, mas particularmente não queria estar na pele de um no momento. O Corinthians também venceu e os dois líderes se distanciaram um pouco do restante dos times (porque o Ceará só empatou - e, no G-4, demitiu seu treinador - e o Inter, amiguinho do peito da CBF, foi beneficiado mais uma vez no ano por Ricardo Teixeira e teve seu jogo contra o Santos adiado). O Palmeiras de Luiz Felipe segue sem vencer, o que, pelo valor que o técnico está ganhando, para mim é um absurdo, mas como ele é ídolo, a torcida ainda está esperando. O Vitória, de ressaca da Copa do Brasil, perdeu mais uma e está a uma posição da zona do rebaixamento, enquanto o outro time ressacado, o São Paulo, este pela Libertadores, só empatou sua partida e segue numa campanha pífia, a 3 pontos da zona maldita. Pra terminar, Cruzeiro e Grêmio Prudente ficaram no 0 a 0 mais cheio de chances perdidas da competição: o ponto alto foi a dupla bola na trave em um chute de Wellington Paulista. Enfim, segue tudo igual nos dois G-4. Até quando?

Jogos da 13ª rodada
Sábado, 7 de agosto
Guarani 4 x 1 Avaí
Botafogo 3 x 0 Atlético-MG

Domingo, 8 de agosto
Corinthians 1 x 0 Flamengo
Grêmio 1 x 2 Fluminense
Ceará 0 x 0 Atlético-GO
Goiás 1 x 1 Palmeiras
Vasco 1 x 0 Vitória
Atlético-PR 1 x 1 São Paulo
Cruzeiro 0 x 0 Grêmio Prudente

6 de ago. de 2010

São Paulo 2 x 1 Inter

Por Eu Mesmo

Um grande jogo, com cara de déjà vu. Isso foi o que se viu ontem no Morumbi, estádio que parece assustar todas as equipes visitantes, menos o Inter. Afinal, as duas equipes haviam se enfrentado em 2006, pela final da Libertadores, e vários jogadores daquela partida estavam ontem ali, atuando ou no banco de reservas. E o script foi parecido em alguns aspectos.

No primeiro tempo, o primeiro déjà vu: depois de um início de partida equilibrado, aos 30 minutos Hernandes cruzou na área e Renan DEU DE OMBROS na bola, servindo Alex, que fez um gol de cabeça meio espírita. Impossível não lembrar da falha de Rogério Ceni na partida de 2006.

O Inter manteve a calma e não deixou o São Paulo pressionar mais. Tanto que, logo aos 6 minutos do 2º tempo, chegou ao empate com um gol de CALCANHAR de Alecsandro - é impressão minha ou o colorado tem uma média de golaços maior que a do Santos neste ano? Como jogo fácil não combina com Libertadores, dois minutos depois veio o segundo gol do São Paulo e o segundo déjà vu: quem não lembra que o Ricardo Oliveira, autor do gol, não pôde jogar a partida final em 2006? Parecia uma vingança sendo meticulosamente escrita contra os gaúchos.

Para deixar as coisas mais dramáticas, veio o terceiro déjà vu: Tinga foi expulso, tal qual na final de 2006. Aliás, ele tem que perder essa mania de tomar cartão vermelho em jogo decisivo; de cabeça, me lembro dessas duas vezes e também daquela em 2005, no jogo contra o Corinthians. Culpado ou não pelas expulsões, o fato é que é uma coincidência meio chata essa. Fica a dica, Tinga.

Com um a menos, restou ao Inter controlar o jogo com maturidade, cozinhando-o em banho-maria até ele terminar e não sendo pressionado com perigo - a não ser quando, no finzinho, Renan tentou repetir a falha do 1º gol, enquanto Pato Abbondanzieri dava um leve sorriso no banco de reservas. E, com o apito final do árbitro, veio o último déjà vu: aquele gostinho de eliminar o todo-poderoso São Paulo F.C., desta vez na casa do adversário.

Foi um jogo intenso, que deve ter aumentado o número de atendimentos em plantões de cardiologia. Mas mais do que isso, significou a volta do colorado, depois de quatro anos - período curtíssimo -, ao tão cobiçado Mundial de Clubes Fifa. Só lembrando, o Inter é o único time brasileiro a disputar duas vezes a competição - aliás, só o Manchester também disputou duas vezes o torneio, e uma delas foi naquele torneio meia-boca de 2000. Um dos melhores do mundo, certamente.

(Foto: Jefferson Bernardes / VIPCOMM)

Por André

Ao contrário do jogo no Beira-Rio, o São Paulo entrou em campo sedento de sangue e sem organização tática nenhuma, como manda o figurino da Libertadores. E não venceu pelo detalhe.

No início a partida foi equilibrada. O São Paulo tinha a iniciativa, mas, tal qual Hollywood, não conseguia criar muita coisa decente. E o sport club se mantinha sólido na defesa, arriscando aqui e ali uns contra-ataques, todos morrendo na INAPTIDÃO de Taison em existir enquanto SER HUMANO. Daí, em uma das tantas bolas alçadas pra área colorada, Renan abraçou a ATMOSFERA e a bola espirrou, sobrando para Alex Silva botar os paulistas na frente. E ficou nisso.

Veio o segundo tempo, então, com o resultado levando pros pênaltis, que, como todos sabem, é muito massa de assistir. Menos para o sport club, claro: após o juiz marcar uma falta inexistente em Taison, o filho do COISA-RUIM, D'Alessandro cobrou e Alecssandro, tomado pela TOTAL FALTA DE SENTIDO, enfiou o calcanhar na bola. O que se mostrou produtivo, uma vez que o desvio enganou Rogério CACHECOL Ceni e igualou a partida. Entretanto, mal eles comemoravam o tento e o São Paulo chegou de novo, e cruzou na área de novo, e Renan tirou bem dessa vez, mas ela sobrou pra um jogador paulista que eu não lembro quem é e NÃO ME IMPORTO, e ele bateu de qualquer jeito pra área. E enquanto Nei tomava um chimarrão e dava condições de jogo, Ricardo Oliveira dominou a pelota tão livre quanto um homem que não está usando cuecas e botou o time da casa na frente de novo. Daí a coisa ficou ainda mais intensa e equilibrada. Tinga perdeu um gol feito pro sport club e, provando que sua contratação foi realmente um erro, se auto-expulsou de campo alguns minutos depois. Foi a vez do São Paulo se jogar pra cima do gol adversário e criar uma chance clara com Fernandinho, mas falhando miseravelmente. No último segundo, um escanteio a favor dos paulistas, Rogério Ceni na área, tudo ou nada, mas a catimba colorada na área (Kléber estava segurando Ceni em cima do Renan, antes que os colorados falem. E sim, o que o Kléber fez é uma tática válida e esperta) sequer deixou a bola chegar perto do gol.

No final das contas, o São Paulo pagou pela sua covardia no Beira-Rio. Foi uma partida bizarra, com gols estranhos, técnica lá embaixo, confusão e decisões bastante ruins do árbitro. Um jogo digno de Libertadores, creio eu.

2 de ago. de 2010

Brasileirão 12ª Rodada

A rodada dos clássicos foi decepcionante: três DERBIS, três empates. O Inter sai pela tangente, pois seu foco está na Libertadores e não é afetado pelo 0 a 0 em uma partida onde o Grêmio foi superior (e podem colocar o empate na conta de Borges e Renan). O Corinthians, sempre tão social, contou com seu amigo apito e desencavou um empate de um gol contra o Palmeiras de Felipão, enquanto Flamengo e Fluminense repetiram o sofrido 0 a 0 do GreNal. Bom pro Fluminense, que venceu o Atlético PR e assumiu a liderança, preparando o inevitável desgosto que dará aos torcedores no final do ano.

O Cruzeiro bateu o Atlético MG e, após a partida, cientistas descobriram que o céu é azul. O Santos também venceu, mas a vitória foi menos falada do que uma sessão de EXIBICIONISMO de alguns santistas na webcam. Já o Avaí enfiou 4 a 1 no Goiás e continua na CRISTA DA ONDA. Enquanto isso o São Paulo goleou o Ceará por 2 a 1 (na situação que o time paulista estava, sair de campo com uma bola na trave seria vitória) e, quem sabe, ganhou um par de culhões para o jogo de volta da Libertadores. Nah.

Jogos da 12ª Rodada
Sábado, 31 de Julho
Atlético GO 1 x 1 Guarani
São Paulo 2 x 1 Ceará
Fluminense 3 x 1 Atlético PR

Domingo, 1 de Agosto
Avaí 4 x 1 Goiás
Palmeiras 1 x 1 Corinthians
Inter 0 x 0 Grêmio
Vitória 1 x 3 Botafogo
Grêmio Prudente 1 x 2 Santos
Flamengo 0 x 0 Vasco
Atlético MG 0 x 1 Cruzeiro

30 de jul. de 2010

Inter 1 x 0 São Paulo

Por André

Por mais que a FIFA tente tornar o futebol um evento de MOCINHAS, o âmago do esporte não se rende - principalmente na Copa Libertadores, onde um suspiro a mais ou a menos faz toda a diferença. E o São Paulo entrou no Beira-Rio não apenas defensivo, nem sequer buscando o empate, mas sim escondido atrás da SAIA DA VOVÓ. E na Libertadores a covardia cobra seu preço.

Apesar da superioridade colorada, a equipe são paulina mostrou solidez defensiva no primeiro tempo: o Inter dominava a rechonchuda mas não conseguia criar chances claras, e Rogério Ceni, claramente cheirado de RED BULL, dava mais do que conta dos chutes à distância. Com o São Paulo abdicando de atacar e o Inter sem construir nada concreto, a etapa inicial acabou nesse marasmo.

O Inter melhorou para o segundo tempo, embora suas jogadas terminassem em Taison, o corredor totalmente desprovido de neurônios e OLHOS. Mas o colorado mostrava um pouco mais de vontade e sobriedade na hora de ir pra cima - entretanto, parava na ótima atuação de Rogério Ceni ou na falta de competência de sua linha de frente. Daí, sem alternativas visíveis, Roth chamou Giuliano e disse pra ele ligar o MODO ESTUDIANTES. Deu certo: num bate e rebate alucinado na área, o guri dominou a pelota, girou bem e chutou sem chances de defesa para o arqueiro são paulino.
O São Paulo até tentou iniciar uma ofensiva com Fernandinho, mas a produtividade foi risível.

Inter sai na frente, portanto, e com uma vitória merecida. Mas é um resultado perigoso. Qualquer bola perdida, qualquer chute que o Hernanes acerte de fora da área, e a coisa complica bastante - e o colorado mostrou dificuldades na hora de BALANÇAR O CAPIM NO FUNDO DA REDE, embora tenha dominado a partida. Como toda Libertadores, como todo bom esporte VIKING, esta semifinal está pendendo para um lado. Mas ainda longe de ser definida.


Por Eu Mesmo

Vamos recapitular alguns acontecimentos das últimas duas semanas envolvendo Inter e São Paulo: o time gaúcho é o líder isolado do pós-Copa no Brasileiro, com 12 pontos em 12 disputados, enquanto o São Paulo é o último isolado, com 1 ponto; o Inter conseguiu a liberação de três jogadores importantes (Tinga, Renan e Rafael Sobis), enquanto o São Paulo perdeu Washington e trouxe de volta Ricardo Oliveira. Enfim, deu pra ter uma ideia de que o tricolor paulista desejava muito provar no Beira-Rio que ainda é o "amado clube brasileiro".

Mas não conseguiu. E pior: provavelmente fez a sua pior partida no ano. Ou na história da Libertadores. Ou na sua história. Tá, talvez não tenha sido tão ruim assim, pois só perdeu de 1 a 0. Mas acontece que o tricolor foi completamente dominado pelo Inter, que encurralava cada jogador de branco assim que ele tinha a bola e partia para o ataque como o Borat atrás da Pamela Anderson. Para se ter uma ideia, em determinado momento do 1º tempo, o Inter tinha 69% de posse de bola, lembrando a Espanha na Copa do Mundo. Mas, assim como a Fúria, a posse de bola não se convertia em gols - e mal se convertia em chances de gol, que aconteceram poucas na primeira etapa.

A situação mudou no segundo tempo. Nos dez primeiros minutos, o Inter já tinha feito uma blitz estilo II Guerra Mundial, com várias chances perdidas. O jogo continuou como um treino de ataque contra defesa até que Giuliano, que tem tudo para ser o novo Gabiru no Inter (quase não joga e faz os gols salvadores, só falta ser odiado pela torcida), aproveitou uma sobra de bola para virar e colocar no cantinho de Rogério Ceni, para explodir de emoção a torcida colorada. Com o gol, o São Paulo tentou vir pra cima, mas é incrível a falta de qualidade do time. Não sei se o problema é o técnico, são os jogadores ou é alguma mandinga feita por um time baiano; o que importa é que o tricolor paulista, assim como a personagem de Kathy Bates em Louca Obsessão, está com sérios problemas.

Apesar do bom futebol, o Inter não conseguiu garantir a vaga. A vitória foi boa, mas é possível para o São Paulo revertê-la no Morumbi. Só que vai ter que jogar muito mais do que essa bolinha aí pra tirar a vaga do Inter para a final. Ah, e antes que eu me esqueça: Celso Roth é o cara. Pelo menos por mais umas 14 rodadas (que é quando os poderes dele começam a cair...).

26 de jul. de 2010

Brasileirão, 11ª rodada

Nas partidas do sábado, os Atléticos de Minas e de Goiás jogaram fora de casa e se afundaram mais um pouco na tabela, respectivamente empatando com o Avaí e perdendo para o Vasco. Já o Vitória, com a cabeça na quarta-feira, empatou em mais um jogo sem gols na rodada (foram três no total).

No domingo, no clássico dos desesperados pós-Copa, deu Santos. O São Paulo chega à semi-final da Libertadores com um ponto ganho em doze disputados pelo Brasileiro. Haja superação, ainda mais que seu adversário está 100% no pós-Copa, fazendo sua mais nova vítima (o Flamengo) no Beira-Rio e com sete reservas. O Cruzeiro complicou a vida do Grêmio, que está começando a se acostumar com a parte de baixo da tabela e do Silas, que mais uma vez pega no pé da arbitragem. Carpeggiani mostra a que veio com o Atlético-PR, que saiu de vez da zona do rebaixamento e aumentou a crise do Goiás, depois da confusão da última rodada envolvendo briga com jornalistas. Na parte de cima da tabela, o Ceará deixou de vencer o Palmeiras (que não melhorou muito depois que o Felipão assumiu), enquanto houve mais uma vez troca de posições entre líder e vice-líder: o Fluminense empatou e caiu, o Corinthians venceu e subiu. Aliás, foi a última partida de Mano Menezes no Corinthians, já que ele será o novo treinador da Seleção, após a recusa do Muricy (com uma hombridade e respeito à palavra que não se via há muito tempo). Se o Timão perde ou ganha com a chegada de Adilson Batista, só o tempo dirá. Eu, antecipadamente, acho que perde.

Jogos da 11ª rodada
Sábado, 24 de julho
Grêmio Prudente 0 x 0 Vitória
Vasco 2 x 0 Atlético-GO
Avaí 0 x 0 Atlético-MG

Domingo, 25 de julho
Santos 1 x 0 São Paulo
Cruzeiro 2 x 2 Grêmio
Internacional 1 x 0 Flamengo
Goiás 0 x 2 Atlético-PR
Botafogo 1 x 1 Fluminense
Corinthians 3 x 1 Guarani
Ceará 0 x 0 Palmeiras

23 de jul. de 2010

Brasileirão, 10ª rodada

A ressaca pós-Copa continua, e muitos times estão tendo dificuldades de sair. Os casos mais graves são do Grêmio e do Santos, que estavam na lista dos melhores times do Brasil e ainda não conseguiram vencer depois da Copa. O problema do Grêmio parece maior, pois ele está há duas rodadas na zona do rebaixamento e, no jogo contra o Vasco, culpou a arbitragem, a chuva, o PT, tudo na tentativa de esconder os problemas reais - atitude típica de time em queda. O time deve mudar a postura logo, pois a experiência prova que depois é difícil sair daquela zona. Já o Inter venceu, está no G4 e segue de vento em popa rumo ao confronto contra o São Paulo pela Libertadores, provando que o Celso Roth é um técnico que realmente começa muito bem nas equipes que treina - sugiro demiti-lo assim que o colorado perder duas seguidas. O tricolor paulista, adversário do Inter na Libertadores, segue irreconhecível, e só não perdeu pro Grêmio Prudente (que, aliás, vem fazendo campanha similar ao ano passado) por detalhe. Esta rodada também contou com dois encontros entre times da ponta contra times da parte de baixo da tabela, e estes se deram melhor: o Atlético Paranaense venceu e saiu da zona do rebaixamento (empurrando o outro seu xará mineiro), enquanto o Atlético Goianiense venceu o ex-líder Corinthians, mas continua em último lugar isolado, graças a sua péssima campanha até aqui. Se eu fosse vidente, diria que previ que pelo menos um Atlético cai neste ano. Por último, mas não menos importante, o Fluminense venceu o Cruzeiro e é o novo líder, o que ainda não quer dizer nada - a não ser que o Muricy é sensacional em campeonatos de pontos corridos MESMO.

E agora, quem será o novo técnico da Seleção? O técnico do time líder ou o do vice-líder?

Jogos da 10ª rodada
Quarta-feira, 21 de julho
São Paulo 1 x 1 Grêmio Prudente
Vitória 2 x 2 Goiás
Atlético-MG 1 x 2 Internacional
Flamengo 1 x 1 Avaí
Atlético-GO 3 x 1 Corinthians
Grêmio 1 x 1 Vasco
Atlético-PR 2 x 0 Santos

Quinta-feira, 22 de julho
Fluminense 1 x 0 Cruzeiro
Palmeiras 2 x 2 Botafogo
Guarani 1 x 1 Ceará

20 de jul. de 2010

Brasileirão, 8ª e 9ª rodadas

O Grêmio claramente foi quem mais sentiu a depressão pós-Copa, pois conseguiu um empate CHINFRIM contra o Vitória no Monumental e perdeu pro seu xará Prudente na rodada seguinte, dois resultados tenebrosos. Seu rival, ao contrário, emplacou duas vitórias convincentes contra equipes medíocres, o que, pelas leis do futebol, deixa o Inter em desvantagem na semifinal da Libertadores contra o São Paulo (que perdeu as duas rodadas pós-Copa). Já corinthianos e fluminenses gabam-se de estarem na CRISTA DA ONDA, esquecendo que a tabela do torneio costuma virar após o final do primeiro turno - estes últimos, inclusive, venceram o Santos, que também amargou duas derrotas e mostra ser a geração mais perdedora da história desde o time da minha turma do segundo ano do colégio.

O Ceará se manteve no topo da tabela, assim como o Flamengo, e, em ambos os casos, é uma surpresa. O Palmeiras comemorou mais a chegada do Felipão do que qualquer outra coisa, Vasco e Botafogo continuam agindo como seus próprios estereótipos, e o Cruzeiro vai bem, mas, como sempre, não vai conseguir nada no final. Quando acabar a ressaca da Copa, vamos ver que rumo as coisas vão tomar.

Jogos da 8ª Rodada
Quarta-Feira, 14 de julho
São Paulo 1 x 2 Avaí
Grêmio 1 x 1 Vitória
Atlético PR 0 x 2 Cruzeiro
Flamengo 1 x 0 Botafogo
Ceará 0 x 0 Corinthians
Guarani 0 x 3 Inter
Goiás 0 x 0 Vasco

Quinta-Feira, 15 de julho
Fluminense 1 x 1 Grêmio Prudente
Palmeiras 2 x 1 Santos
Atlético MG 3 x 2 Atlético GO

Jogos 9ª Rodada
Sábado, 17 de julho
Vasco 3 x 1 Atlético PR
Vitória 2 x 1 São Paulo

Domingo, 18 de julho
Corinthians 1 x 0 Atlético MG
Inter 2 x 1 Ceará
Atlético GO 0 x 1 Flamengo
Avaí 4 x 2 Palmeiras
Botafogo 1 x 1 Guarani
Cruzeiro 1 x 0 Goiás
Grêmio Prudente 2 x 0 Grêmio
Santos 0 x 1 Fluminense

13 de jul. de 2010

A Copa do Século

Confesso que tive um pouco de medo da Copa na África do Sul. Não por atentados, nem por falta de estrutura. Foi um temor de que se valorizasse uma ensaiada alegria ao invés dos sentimentos de BATALHA e HONRA que são parte integrante do esporte. Em resumo, fiquei com medo de uma Copa ROBINHO ao invés de uma Copa LÚCIO.

Felizmente meus temores foram devastados. Em 2010, tivemos partidas emocionantes (EUA x Eslováquia, EUA x , Uruguai x Gana), jogos de grande qualidade técnica (os já citados, Camarões x Dinamarca, Alemanha x Inglaterra e Argentina, Espanha x Chile, Uruguai x Alemanha,), jogos mais tensos do que filmes do Shyamalan (Espanha x Holanda, Uruguai x Holanda, Espanha x Paraguai), entre outros que certamente não estou lembrando. Tivemos heróis (Suárez, Forlán, Iniesta, Sneijder), vilões (Felipe Melo, Green, arbitragem), momentos inesquecíveis (a mão na bola do Suárez - citar qualquer outro aqui ao lado seria heresia).

Acima de tudo, foi uma Copa que mexeu com os BRIOS das pessoas, e que ao mesmo tempo apresentou equipes cativantes - não via uma assim desde a competição absoluta em 1994. Mesmo em partidas aparentemente irrelevantes, me peguei torcendo por um dos lados, seja por talento, raça, torcedoras gostosas, o que quer que fosse. Uma pessoa tem que estar morta por dentro pra não comemorar o pênalti na trave de Gyan ou o gol de Donovan que classificou os americanos.

A eliminação do Brasil era previsível há séculos. Muitas e muitas vezes determinadas atitudes do Dunga foram criticadas, e ele as abraçou mesmo assim, e foram justamente essas que eliminaram a seleção. Pra dizer a verdade, com aquele time, acho até que chegar às quartas foi um bom resultado. A grande sensação ficou por conta da Alemanha, que tocou o terror pra cima da Inglaterra e Argentina, um futebol ágil, moderno, dinâmico, e que, como todo futebol moderno, ficou pelo caminho. Mas como era um time de gurizada, deve voltar forte pra 2014.

E o que dizer do campeão? A Espanha, como sempre, chegou com fama de amarelona, que aumentou após aquela partida contra a Suíça. Entretanto, já no texto sobre o jogo, eu avisei que o resultado fora a maior enganação de todos os tempos desde WATERWORLD, mas ninguém me ouviu. E lá se foi a Fúria, sólida, controlando todas as partidas e fazendo apenas o necessário para vencer. Até mesmo a poderosa Alemanha entrou na rodinha de bobo dos espanhóis. Poucos gols no mundial foram mais bonitos que o do Iniesta, na final. E poucas cenas foram mais emocionantes do que ver o capitão Casillas corando copiosamente após ver seu time marcar.

A Copa acabou com um novo campeão e uma trilha de partidas sensacionais atrás dele. Fez jus à toda expectativa que se criou em torno dela. Embora a Jabulani tenha sim atrapalhado, embora a arbitragem tenha sim atrapalhado, embora a publicidade esteja tentando tomar conta do esporte de vez, o que se via em campo eram 22 corações vestindo chuteiras, sem se importar com fair play e sim em fazer o que é certo: tentar de todas as formas possíveis e impossíveis fazer aquela bola balançar as redes.

E isso, senhores, isso é futebol.

Craque da Copa
Diego Forlán (Uruguai)

Seleção da Copa
Casillas; Lahm, Lúcio, Friedrich, Fucile; Schweinsteinger, Iniesta, Sneijder; Forlán, Villa, Suárez.

E o cara de verde no meio ainda come uma mina gostosa pacas.

12 de jul. de 2010

Copa do Mundo - Dia 25

Espanha 1 x 0 Holanda

E a Copa do Mundo da África do Sul chega ao fim. Com ela, uma final de cabaços e o confronto entre as duas equipes que mais jogaram o tal futebol "técnico", aquele que supostamente é a marca registrada do Brasil. Porém, não foi isso que vimos, pelo menos no 1º tempo, quando os dois times ligaram o FELIPE MELO MODE e saíram dando bordoadas a dar com pau, batendo o recorde de cartões amarelos em uma final de Copa já no primeiro tempo. Se o árbitro tivesse expulsado um ou dois jogadores ainda na 1ª etapa, não seria exagero. Para não dizer que só teve pancada, teve uns três lances perigosos nos 45 minutos iniciais, com a Espanha melhor na partida. Chegou o segundo tempo e com ele algum futebol. A Espanha jogava melhor, com seus passes precisos, mas era a Holanda quem tinha a melhor chance do jogo. Aos 16, Robben ficou na cara do gol, mas Casillas fez grande defesa com o pé. A partir daí, começaram a surgir chances claras para as duas equipes, que simplesmente não conseguiam transformá-las em gol: Villa, Puyol, Robben de novo, parecia que as equipes queriam ir para a prorrogação. Se queriam, conseguiram. E, de cara, não é que Fabregas começa perdendo MAIS UM gol? Logo depois, Iniesta entrou livre na área, mas esperou um zagueiro chegar para tirá-lo a bola. A Espanha jogava mais, estava menos cansada, mas não conseguia fazer o tal gol. Parecia que os deuses do futebol queriam dar motivos para a perpetuação do ditado "quem não faz, toma", mas o problema é que nenhum dos dois fazia, e ambos mereciam tomar. No segundo tempo da prorrogação, Heitinga foi expulso depois de evitar que Iniesta entrasse livre para TENTAR marcar o gol. Depois disso, duas cagadas do árbitro, só pra manter a média da arbitragem nesta Copa: Robben deveria ter sido expulso por continuar a jogada após apito de impedimento (ele ouviu o apito SIM, pois só empurrou a bola para frente) e ainda não deu um escanteio que até o Mr. Magoo viu. Para piorar o lado do juiz, na sequência do lance a Espanha chegou ao gol do título, com Iniesta, livre, para evitar os pênaltis.

A Espanha se junta ao seleto clube de vencedores da Copa, a Holanda perde sua terceira decisão e o blog Imparciais, que acompanhou sua primeira Copa do Mundo na íntegra, seguirá acompanhando o Campeonato Brasileiro e a Libertadores com toda a seriedade e compromisso que não lhe é peculiar. Mas antes, ainda traremos as impressões da Copa 2010. Aguarde.

10 de jul. de 2010

Copa do Mundo - Dia 24

Uruguai 2 x 3 Alemanha
Gols: Cavani, 28' 1°T, e Forlán, 5' 2°T (Uruguai); Müller, 19' 1°T, Jansen, 11' e Khedira, 37' 2°T (Alemanha)

Um atentado nuclear terrorista não faria tantos estragos quanto essa partida. Um confronto que seria digno não apenas da final, mas deve figurar em livros de história daqui pra frente. Porque a blietzkrieg alemã encontrou pela frente um Uruguai com SANGUE NUZÓIO. Que jogou de igual pra igual e só saiu atrás porque o goleiro Muslera defendeu um chute de Schweinsteinger como um obstáculo de PINBALL e a pelota sobrou limpa pra Müller marcar no rebote. Mas SCHWAINZA joga no fair play e fez questão de perder a bola pro excelente volante Pérez no meio-de-campo. Daí a bola sobrou pra Suárez, que, como sempre, fez o que tinha que ser feito e deixou Cavani livre na área pra empatar. Foi a deixa pros uruguaios assumirem o controle, e logo no início do segundo tempo Arévalo Rios cruzou para Forlán decretar o fim do universo com um voleio devastador, de fora da área, sem chances para o goleiro Butt (eu sei, eu sei). Uma virada sensacional, heróica, que só não foi mais épica porque seis minutos depois Boateng LEILOOU a bola pra área, Muslera deu um SHORYUKEN no nada, a bola atingiu Jansen e morreu nas redes. O empate não esfriou a partida, que continuou lá e cá, fazendo milhares de cervejas serem consumidas mundo afora. Mas justo aos 37 do segundo tempo Özil cobrou escanteio, a bola ficou se fazendo na área uruguaia e Khedira/Baros aproveitou para cabeceá-la até a tranquilidade das redes. Só que uma partida dessa não simplesmente acaba se consumindo aos poucos, ela explode de uma vez só: aos quarenta e último lance do jogo, falta perigosa a favor do Uruguai. Forlán, o craque do time, o craque da Copa, na bola. Ele espera o apito e chuta. A Jabulani sobrevoa a barreira, rompe o ar. E, como um capricho dos deuses, como uma travessura do destino, arremeteu-se contra o travessão. Alemanha 3, Uruguai 2. Forlán pode até ter ficado temporariamente bravo, decepcionado, mas quando aquela bola atingiu a trave e milhares ao redor do mundo colocaram as mãos no rosto e gritaram "NÃO!", o uruguaio deu a eles tudo aquilo de que o futebol é feito.

Copa do Mundo - Dia 23

Espanha 1 x 0 Alemanha
Gols: Puyol, 28' 2°T (Espanha)

No futebol, existem regras e leis. As regras são as que orientam a prática do esporte, como impedimento, faltas, escanteios, etc. Já as leis são um conjunto de convenções que foram se formando ao longo da história do esporte - uma delas, por exemplo, diz que quando uma equipe entra arrasando outras grandes, essa equipe nunca chega ao título. Não que fizesse muita diferença: contra a Alemanha, a Espanha provou não apenas seu talento, mas principalmente sua irritabilidade. Tocava a bola e fazia os alemães ficarem dando piques pra lá e pra cá atrás dela. Os espanhóis controlaram bem a partida, enquanto os germânicos tiveram seu estilo de jogo quebrado pelo MARASMO espanhol. Müller fez falta, lógico, mas a vitória da Espanha, com um gol de escanteio onde Puyol cabeceou após ser lançado no ar por uma plataforma da NASA, foi mais do que merecida (os chatos até se deram ao luxo de perder um gol feito, quando Pedro ligou o modo CAPITALISMO ABSOLUTO e tentou driblar o zagueiro, quando Torres entrava na área mais livre do que pornografia na internet). E vamos para uma final de cabaços agora.

6 de jul. de 2010

Copa do Mundo - Dia 22

Uruguai 2 x 3 Holanda
Gols: Forlán, 41' 1°T e Maxi Pereira, 47' 2° T (Uruguai); Van Bronckhorst, 18' 1°T, Sneijder, 25' e Robben 28' 2°T( Holanda)

E foi-se embora o time mais cascudo da Copa. Porque o Uruguai chegou quietinho - aliás, quase não chegou, foi na respescagem - e, aliando qualidade, tática e coração (metodologia WILLIAM WALLACE), chegou entre os quatro melhores do torneio. Uma final até seria mais do que justa, pois encarou a Laranja Mecânica de igual pra igual, mas eis que o capitão Van Bronckhorst acertou uma ODISSÉIA NO ESPAÇO no gol uruguaio e botou a Holanda na frente. Forlán ainda empatou no primeiro tempo aproveitando uma alucinação temporário do goleiro Stekelenburg, que na hora da defesa confundiu a bola de futebol com uma de PINGUE-PONGUE e foi com a mão frouxa. No segundo tempo o Uruguai se manteve um pouco atrás, mas tudo se mantinha implacavelmente igual até o craque Sneijder achar um gol fedorento, chorado, que ainda contou com a ajuda de um impedido Van Persie. Aí a casa caiu de vez e os charruas tomaram um gol de cabeça de Robben, que é praticamente um smurf vestindo laranja. Tudo parecia perdido. A fatura liquidade. O download parecia concluído sem erro. Mas eis que aos 47 minutos Maxi Pereira faz um gol e inicia minutos de PRESSÃO DESCONTROLADA em cima da Holanda que, embora tenha se defendido bem, deve estar comprando cuecas novas agora. Uma derrota heróica do Uruguai, uma vitória merecida da Laranja não tão Mecânica, que garantiu seu ingresso pra final, e amanhã descobre se enfrenta uma blitzkrieg ou um touro enfurecido.

5 de jul. de 2010

Copa do Mundo - Dia 21

Argentina 0 x 4 Alemanha
Gols: Müller, 2' 1ºT, Klose, 22' 2ºT e 43' 2ºT e Friedrich, 28' 2ºT

A Argentina vinha se destacando na Copa pela sua equipe ofensiva, que jogava para frente e estava nem aí se corria o risco de levar gol. Já a Alemanha jogava aquele futebol de sempre (com os jogadores acertando quase todos os fundamentos básicos do futebol - passes, cruzamentos, cabeçadas -, coisa que anda meio rara hoje em dia), só que agora com jogadores muito habilidosos, o que dava mais competitividade ainda. Logo a 2 minutos, num cruzamento oriundo de uma falta, os alemães abriram o placar. Aí a Argentina tentou iniciar uma pressão e até chegou com perigo algumas vezes ao gol adversário, mas a verdade é que o primeiro tempo terminou sem que a Alemanha passasse sufoco. Já no segundo tempo, os alemães se defendiam com uns dez jogadores e, quando pegavam a bola, partiam para o contra-ataque com cinco, seis. Uma loucura, o que víamos era uma divisão Panzer em campo. Quanto mais o tempo passava, mais a Argentina se atirava para frente, e mais exposta ficava atrás. Com isso, em vinte minutos, tomaram três gols e agora voltam para casa ouvindo Carlos Gardel. Já os alemães, após meter quatro na Inglaterra e na Argentina e com a eliminação do Brasil, se tornam os grandes favoritos ao título.



Paraguai 0 x 1 Espanha
Gols: Villa, 37' 2ºT

Esta edição da Copa do Mundo tem trazido momentos incríveis. Dois deles aconteceram nesta partida. Mas já chegamos lá. Antes, é preciso dizer que Paraguai e Espanha disputaram um primeiro tempo equilibrado, em que os paraguaios, cientes de que Larissa Riquelme prometera tirar a roupa caso passassem à semi-final, corriam por dois e marcavam muito bem os passes espanhóis. Era possível dizer que os paraguaios jogavam melhor, ao ponto em que perto do fim do 1º tempo tiveram um gol anulado (bem anulado, dependendo da interpretação), enquanto que a Espanha não tinha chegado tanto assim à meta adversária. Aí o segundo tempo começou e, com ele, os tais momentos incríveis: aos 11, Piqué faz pênalti em Cardoso, que cobrou para a defesa de Casillas (mas com invasão de área pelos espanhóis). Dois minutos depois é a vez de Alcaraz derrubar Villa na área. Pênalti para a Espanha! Xabi Alonso bate e faz, mas o juiz manda voltar por invasão de área (a mesma que havia acontecido no pênalti anterior). Ele cobra novamente, o goleiro Villar defende e, no rebote, faz novo pênalti, desta vez não marcado pelo árbitro. Que jogo! Os dois times continuam no ataque, o Paraguai completamente diferente daquele que jogou contra o Japão, e a Espanha tentando não levar o jogo para a prorrogação. Num jogo desses, o gol só sairia chorado, e foi assim mesmo: Pedro chutou, a bola bateu na trave, voltou para Villa, que bateu forte, ela pegou na trave esquerda, depois na direita, e entrou. Gol da Espanha, que agora pega a Alemanha, enquanto o Paraguai chora com o resto do mundo a não-tiração de roupa de Larissa Riquelme.


2 de jul. de 2010

Copa do Mundo - Dia 20

Brasil 1 x 2 Holanda
Gols: Robinho, 10' 1°T (Brasil); Felipe Melo (contra), 8' 2°T e Sneijder, 22' 2° T (Holanda)

Aconteceu o inevitável. Ao longo dos últimos quatro anos, ficou claro que os convocados por Dunga eram limitados, que as opções no banco deixavam a desejar, que Robinho era uma nulidade, e que Felipe Melo eventualmente ia cagar tudo. E foi hoje. O jogo até começou bem, o Brasil em cima, até mesmo uma realidade alternativa se impôs quando Felipe Melo deu um lançamento devastador e Robinho completou com perfeição, fazendo o 1 a 0. Daí o Brasil, com um ou outro espasmo de vida, voltou à sua inércia habitual. E a Holanda não se desesperou. No segundo tempo, os laranjas foram premiados com uma falha grotesca no GPS de Júlio César e Felipe Melo, que se PECHARAM na área e o segundo acabou fazendo contra. Aproveitando que o Brasil encontrava-se em um estado de ressaca de vinho, a Holanda forçou um pouco mais e chegou ao empate com Sneijder em um escanteio maroto. E, como previsto, a seleção canarinho não teve forças para chegar ao empate - mais difícil ainda depois que Felipe Melo deu um FATALITY em Robben e foi expulso. Faltou elenco, faltou técnico, faltou vontade, faltou tudo. Um repeteco de 2006. Não há nada a fazer a não ser aceitar que o Brasil chegou até onde podia chegar. E a Holanda parte feliz da vida, com um dos melhores meias do mundo no seu comando, rumo à GUERRA INTERESTELAR que será a semifinal.


Uruguai 1 (4) x (2) 1 Gana
Gols: Forlán, 10' 2°T (Uruguai); Muntari, 46' 1° T (Gana)

Poucas coisas na história do mundo superaram essa partida em termos de intensidade, emoção e genialidade. Os ganeses saíram na frente com um golzinho furreco, onde a jabulani, aquela filha do coisa-ruim, realizou uma CHICANE e enganou o goleiro Musrela. Na segunda etapa o Uruguai voltou melhor, atacou mais, e Forlán empatou em uma cobrança de falta DANADA. Aí ficou nesse diz-que-me-diz e os charruas mantiveram-se melhor até a prorrogação, quando os oito pulmões dos africanos fizeram a diferença. Foi então, no último minuto de jogo, que aconteceu: falta mal marcada a favor de Gana. Bola na área. O goleiro dá rebote. O atacante ganês, impedido, chuta de DENTRO DA PEQUENA ÁREA e o atacante Suárez salva. Sobra pra outro africano, que cabeceia com convicção. Então Suárez, O Escolhido, Aquele que carrega o sangue de JESUS nas veias, acerta um SHORYUKEN na pelota, impedindo-a de entrar e construindo uma jogada digna de ser SANTIFICADA e que será imortalizada por séculos. O juiz marcou o pênalti e, contrariando o bom senso, expulsou Deus de campo. Suárez saiu cabisbaixo, mas não foi embora: ficou ali para ver Gyan cobrar a infração e demolir a trave, levando a decisão para as penalidades máximas.

Ápice da história da humanidade.

Transtornados até os rins, os africanos bateram duas cobranças de pênaltis com a displicência de quem ATUALIZA UM BLOG, falhando miseravelmente. O Uruguai também errou um, mas foi apenas para dar emoção. Pois El Loco Abreu chegou pra bater a última cobrança, e pegou uma distância continental da bola, e na hora do VAMUVÊ deu uma cavadinha ofensiva, que morreu nas redes. Abreu só não saiu correndo para celebrar porque seus CULHÕES pesavam demais e o impediam de correr. O Uruguai se classificou da forma mais grandiosa possível, da forma mais heróica possível. E agora pega a Holanda totalmente movido a coração. E se passar, provará que ainda há um pouco de alma neste planeta.

1 de jul. de 2010

Que tempo bom, que não volta nunca mais...

Mais um texto para acalmar os ânimos daqueles que aguardam, ansiosos, pelo dia de amanhã, quando a Copa do Mundo volta com tudo. Divirtam-se enquanto a seleção para quem torcem ainda não foi eliminada!

Quantas vezes a gente escuta - e alguns de nós até mesmo falam - que antigamente é que se jogava bom futebol, não hoje, com esse monte de perna-de-pau? Que hoje não temos jogadores como, por exemplo, os craques da Copa de 70, aqueles sim merecedores do título que conquistaram? Pois bem, por mais que o ser humano tenha a irritante mania de comparar negativamente a época atual com a de hoje (e isso não ocorre só no futebol), é importante relativizar um pouco essa afirmação, tão banal em época de Copa do Mundo - e com uma seleção brasileira teoricamente sem brilho.

Em primeiro lugar, é fácil falar de uma época que, para se ter acesso, recorre-se normalmente apenas à memória (que é SELETIVA e tende a corroborar nossos próprios argumentos) e a vídeos que mostram SEMPRE os MELHORES momentos. Mais fácil ainda é falar de uma época que SEQUER vivemos ou que não tínhamos idade para compreender da forma como compreendemos hoje, fazendo uma comparação no mínimo desvantajosa.

Sim, o futebol mudou. Ficou mais rápido, mais centrado no preparo físico e na disciplina tática. Porém, nem por isso se tornou essa coisa horrível que muitos bradam por aí. É fácil falar assim quando se pega os melhores momentos de antigamente e se compara com os piores de hoje em dia. Por exemplo, para pegar apenas a Copa do Mundo de 1970, que parece ser o paradigma do "futebol tal qual deveria ser", vamos a algumas informações, retiradas do blog do Mauro Cezar Pereira:

- A Itália, vice-campeã de 70, empatou com a fraca Israel por 0 x 0;
- Bulgária e Marrocos fizeram uma partida que acabou em empate por 1 x 1 e que teve tanta graça quanto Eslovênia e Argélia em 2010;
- A Coreia do Norte foi o saco de pancadas neste ano, né? Pois é, mas mesmo com 16 seleções em 1970 (metade do número atual), havia seleções de doer: o México engavetou 4 x 0 em El Salvador, que terminou a competição sem pontos e com -9 de saldo.

"Ah, mas com a seleção brasileira é diferente", os mais incrédulos devem estar pensando. Pois bem, para provar que nem tudo eram flores nessas priscas eras (assim como nem tudo é horrível hoje em dia), assista os dois vídeos abaixo, duas compilações dos piores momentos da seleção de 70. O primeiro é da copa inteira, e o segundo apenas da final (vejam quanta bola o Rivelino jogou, por exemplo):



30 de jun. de 2010

A (temporária) seleção da Copa

Ok, hoje foi o primeiro dia da Copa sem jogo. Então, pra todos vocês que falharam na tentativa de suicídio frente à tamanha desolação e buscam incessantemente sua dose de Copa do Mundo, resolvi escalar os melhores jogadores do torneio até aqui e justificar suas escolhas. Vamos lá, imprimam, derretam e injetem na veia:

Goleiro: Eduardo (Portugal)
Porque ele impediu que o espanhol David Villa, atualmente com quatro gols na Copa, saísse das oitavas de final como artilheiro do torneio com trinta e oito gols, e porque ele chorou quando sua seleção foi eliminada - se um homem não chora na eliminação da Copa, então não é um homem;

Lateral Direito: Lahm (Alemanha)
Porque ele consegue correr, marcar, passar, tabelar e, principalmente, cruzar, tudo com a mesma eficiência, e porque aos 26 anos ele é capitão da Alemanha (eu tenho 26 e não sou nem CABO do time de futebol aos sábados) e já demonstrou não ter medo de nada quando entrou num corpo-a-corpo contra o tcheco Koller (que deve ser um continente mais alto);

Zagueiro: Lúcio (Brasil)
Porque jogar com o Lúcio na zaga é como ter o WOLVERINE frente à área, sempre disposto a missões suicidas sem hesitar e a destruir qualquer adversário, e também porque ele é o segundo melhor armador da seleção brasileira (atrás apenas do Kaká);

Zagueiro: Juan (Brasil)
Porque Juan é da fina e rara estirpe de zagueiros técnicos, porque ele não se abala nem que o céu caia sobre sua cabeça, e porque o tempo de bola dele é tão bom que o apelido do Juan devia ser METRÔNOMO;

Lateral Esquerdo: Fernando Coentrão (Portugal)
Porque mesmo gurizão mostrou personalidade, sabendo harmonizar as subidas ao ataque com a parte defensiva, realizando ambos com extrema competência, e porque ele tem o sobrenome mais apto a receber piadas do torneio;

Volante: Khedira (Alemanha)
Porque ele corre atrás dos adversários com a persistência de um assistente de telemarketing, é bom no desarme, aparece bastante pro jogo (inclusive em lances perto da área adversária), e porque é a cara do Baros, atacante da República Tcheca;

Volante: Schweinsteinger (Alemanha)
Porque tal qual a Lady Gaga ele aparece em todos os lugares, porque sempre dá a opção de jogo, tem passe e chute em nível 9, é habilidoso, excelente na marcação e porque três narradores já morreram tentando pronunciar seu sobrenome.

Meia: Özil (Alemanha)
Porque tem o toque diferenciado dos meias clássicos, aqueles que dormem o jogo todo e acordam só a tempo de resolvê-lo com um passe ou lançamento, conduz bem a bola, é habilidoso e técnico que só, e porque se parece bastante com o Paulo Miklos, vocalista dos Titãs;

Meia: Sneijder (Holanda)
Porque nasceu com o número "10" grudado às suas costas, cadencia o time, dá o ritmo, faz o jogo girar, finaliza jogadas de forma colossal, realiza lançamentos com mais precisão do que a NASA, e porque desarma defesas com tanta facilidade que esquadrões anti-bombas do mundo todo têm um pôster do Sneijder pendurado na sala;

Atacante: Messi (Argentina)
Porque até aqui praticamente todos os gols da Argentina na Copa passaram pelos seus pés, partiu sempre pra cima e tentou o gol com finalizações fantásticas, é capaz de descobrir o equivalente futebolístico à Teoria da Relatividade em questão de segundos, e porque é necessário um PROCESSO JUDICIAL pra tirar a bola de seus pés;

Atacante: Villa (Espanha)
Porque ele fez 4 dos 5 gols do seu time, está constantemente desbaratinando defesas adversárias feito um INSETICIDA, cresceu em jogos importantes, é um dos jogadores com mais vontade e raça dessa equipe espanhola, e porque permite ao mundo o prazer e a beleza de fazer trocadilhos como "Espanha maraVILLA".

Copa do Mundo - Dia 19

Paraguai 0 x 0 Japão
(5 x 3 nos pênaltis)

A penúltima partida das oitavas-de-final lembrou muito a primeira rodada da Copa: ninguém queria perder, então não tomar gols era a prioridade. Mesmo assim, no primeiro tempo ainda houve alguma emoção, com o Paraguai chegando mais vezes. Porém, quem chegou com mais perigo foi o Japão, com um chute de fora da área de Matsui que pegou no travessão. Quando começou o segundo tempo, esperava-se que um dos dois times saísse para o ataque, para vencer o jogo. Que nada, parecia que era jogo entre Suíça A contra Suíça B: as seleções voltaram mais dispostas a não tomar gol, o que levou o jogo a um óbvio zero a zero. Veio a prorrogação e a coisa não mudou muito, apesar de alguns ataques aqui e ali, mais motivados pelo cansaço do adversário do que por uma mudança na forma de jogar. Com mais um empate, o sonolento jogo foi para os pênaltis, e aí ganha quem erra menos. Se fôssemos confiar em estereótipos, os japoneses, mais frios, venceriam. Mas isso é futebol, o esporte menos óbvio que existe: Paraguai na próxima fase, para alegria de todos (graças à Larissa Riquelme), e a América do Sul pela primeira vez na frente da Europa em número de participantes nas quartas-de-final.



Espanha 1 x 0 Portugal
Gols: Villa, 17' 2ºT

No clássico das Tordesilhas, a Espanha deu um baile. Logo em seis minutos, já tinha obrigado o goleiro Eduardo (o melhor na partida) a se esforçar para não ceder o gol. Depois do susto, Portugal deu um jeito de equilibrar as coisas, neutralizou os espanhóis e chegou ao gol com perigo. Porém, aí o jogo ficou apenas nas intermediárias, sem trabalho para os goleiros. No segundo tempo, a Espanha voltou com mais posse de bola e lances mais agudos, apesar de Portugal quase ter aberto o marcador logo no início. Só que, depois, a Espanha dominou a partida e não largou mais: após uma cabeça defendida por Eduardo e um chute rente à trave de Villa, ele mesmo faz o gol da vitória, após uma belíssima troca de passes na entrada da área portuguesa. Se estava impedido ou não, é daqueles impedimentos que não tem como crucificar o bandeirinha. Enquanto isso, era mais fácil achar D. SEBASTIÃO no campo do que Cristiano Ronaldo, que não fez uma Copa digna de alguém que já foi o melhor do mundo - aliás, não foi digna nem de futebol de fim de semana. A partir do gol, a Espanha soube fazer um bobinho muito eficaz nos Portugueses, que só corriam atrás da bola. Isso irritou aqueles gajos e, ora pois, Ricardo Costa foi expulso aos 43 por uma cotovelada. Espanha favoritíssima contra Portugal. Aguardemos dois dias agora pela continuidade da Copa.