29 de abr. de 2010

Banfield 3 x 1 Inter

Por Eu Mesmo

É, azedou pro Colorado... Após sofrer a primeira derrota na Libertadores e com DUAS decisões em uma semana, nas quais tem de vencer por dois gols ou mais, o Inter sai da Argentina como a maioria dos times brasileiros costuma sair: frustrado. Afinal, para quem esperava um empate - adivinha -, essa derrota vai ecoar ao longo de uma semana que promete ser conturbada no Beira-Rio.

O Inter começou bem a partida, pelo menos dentro das suas pretensões - não perder. Não deixava o Banfield chegar com perigo - a não ser por dois lances em que Pato Abbondanzieri defendeu muito bem e um outro, em que o juiz anulou um gol LEGAL dos argentinos, que o Abobadozieri fez mais umas de suas trapalhadas (alguém mais está com saudades do Clemer?). Além disso, ainda conseguiu chegar com perigo na área adversária - destaque para o gol BEM ANULADO do Inter. Conjuntamente, estava jogando uma boa partida. Individualmente, não havia um jogador que se destacasse, o que é uma pena, pois a partida parecia pedir um herói.

Na verdade, o segundo tempo mostrou três heróis, infelizmente todos do Banfield: Rodriguez, que fez um gol estranho no início do segundo tempo (valeu de novo, Pato), Battión, que fez o segundo gol argentino EM POSIÇÃO DE IMPEDIMENTO e após uma expulsão no mínimo DUVIDOSA de Kléber e Fernandéz, que matou o jogo naqueles lances que só os argentinos sabem fazer na Libertadores. Quanto ao Inter, pelo menos manteve a sua excelente média de um golaço no ângulo por partida (grande Kléber) e a péssima média brasileira de ter jogadores expulsos em todos os jogos contra argentinos (apesar da expulsão ter sido injusta, não posso deixar de pensar no histórico pífio do Kléber na Argentina - alguém lembra da sua expulsão tola em 2003, no jogo Corinthians e River Plate?).

Para os que só sabem reclamar de arbitragem, duas observações: primeiro isso é LIBERTADORES. Normalmente o time mandante tem uma certa "vantagem" em caso de jogadas duvidosas, não tem jeito. O Inter mesmo foi ajudado aqui no Beira-Rio em 2006, quando foi campeão. Tem que contar com isso antes de jogar fora de casa. Segundo, o Banfield teve um gol mal anulado no primeiro tempo e uma expulsão injusta no segundo tempo. Portanto, a arbitragem pesou para os dois lados. Pena que o futebol só pesou para um.

E agora vem o Gre-Nal, que deve mais atrapalhar do que ajudar uma equipe que investiu bastante, mas ainda não se encontrou em 2010. Ainda dá para se classificar, mas ficou no mínimo improvável.

Por André

Quando pisou em campo hoje, perto das dez horas da noite, o Inter tinha à sua frente apenas o modesto Banfield, equipe argentina com nome de banco e sem tradição. Entretanto, pela postura, parecia que o colorado enfrentaria um misto de Barcelona, Manchester United e a seleção brasileira do SUPERSTAR SOCCER DELUXE.

Digo isso porque o Sport Club entrou em campo com um 3-6-1 acovardado, como se tivesse que atravessar uma manada de BÚFALOS pra chegar ao gol adversário. Entretanto, apesar da postura VEJA da equipe brasileira, o Banfield, time de qualidade SUPIMPA, estava mais preocupado em realizar testes sobre os efeitos da resistência do ar em bolas de futebol. Absolutamente tudo era lançado pra dentro da área do Inter, que cedia espaços generosos e tinha no seu meio de campo uma refilmagem de Os Três Patetas (D'alessandro, Andrezinho e Sandro). Como os argentinos não iam com muito ímpeto à caneca de cerveja, Pato Abbondanzieri resolveu levar emoção ao jogo à galopes: absolutamente desnorteado, ele tentou driblar um atacante banfieldano, não viu que havia outro ali perto, perdeu a bola e causou uma BALBÚRDIA que nem o narrador da Sessão da Tarde conseguiria definir. Entretanto o árbitro, membro dedicado do Greenpeace, decidiu que não era temporada de patos e anulou o gol legal dos argentinos. Antes do apito ecoar pelo gramado sórdido, o Inter ainda teria um gol (bem) anulado e o zagueiro banfieldano desferiria uma raivosa cabeçada na linha da pequena área colorada, mas Abbondanzieri usou as mãos para proteger o rosto e defendeu.

Já no início do segundo tempo os argentinos aproveitaram o BURACO DE MINHOCA deixado por Ney no lado direito do Inter e abriram o placar: após um cruzamento maroto, a bola cruzou a área se fazendo de difícil pra todos e foi parar nos pés de Rodriguez, que chutou com a sabedoria de uma CABRA, mas Abbondanzieri gentilmente facilitou as coisas para o garoto. 1 a 0. Entretanto, três minutos depois, um zagueiro argentino cortou de cabeça um cruzamento e o BOM SENSO, pois permanecia só na área. O rebote sobrou para Kléber, e este, com um chute impossível, manteve a média de golaços do Inter que o Valter citou no último post. 1 a 1. Mas o meio do campo colorado continuava com ERRO 404, e o Banfield era perigoso - mais ainda quando, num lance duvidoso, Kléber foi duvidosamente expulso após duvidosa falta em Erviti. Na ignorante cobrança, que obviamente foi direto pra área, um desvio deixou Ramiréz na cara do gol e IMPEDIDO feito um CARRO NA HORA DO RUSH. Como nada marcara o árbitro, ele chutou, errou, pegou o rebote e tocou para um Battión em posição questionável, que só empurrou para as redes. 2 a 1 e começaram as CHOCARRICES, com os colorados indo para cima do árbitro, Fossati sendo atingido por algo (que, só posso imaginar, tenha sido uma tijolada de INTELIGÊNCIA TÁTICA), enfim, guerrilha total. Eis que, após cobrança de escanteio, a bola PIGARREOU por todo mundo e sobrou na esquerda, onde Deus sabe lá quem chutou toscamente a pelota e ela sobrou para Fernandéz fazer o terceiro do Banfield. Fossati até tentou arruinar mais as coisas botando Taison, Guinazu fez inveja a JEFF BRIDGES e manipulou o árbitro a expulsar injustamente um argentino, mas as coisas não mudaram muito: no final, contra um gol dos brasileiros, o Banfield tinha três.

Um jogo certamente polêmico, que vai ecoar por muitos dias ainda na imprensa, e possivelmente virará DVD dirigido por Fernando Carvalho, com trilha do CHORÃO, vocalista do Charlie Brown Jr. Entretanto, a missão não é impossível. Dois gols classificam os vermelhos no Beira-Rio. Infelizmente, arbitragem e gols anulados são os menores problemas do Inter, que viu seu time entrar na Argentina, jogar na Argentina e sair da Argentina com a atitude de uma equipe pequena.

26 de abr. de 2010

Inter 3 x 0 Deportivo Quito

Por André

Quanto mais as coisas mudam, mais elas continuam as mesmas. A velha tática de "não perder fora e vencer em casa" deu certo para o colorado, que enfiou três gols no Deportivo Quito e garantiu sua classificação como primeirão do grupo.

O Inter começou a partida já tentando tocar o terror. Com Andrezinho, conhecido por seu monumental confronto com Arnold Schwarzenegger no filme "Predador", a equipe da beira do rio ganhou mobilidade e partiu pra cima do Deportivo sem dó. Tanto que já aos quatro minutos, enquanto a defesa equatoriana contava o número de estrelas no céu, o supracitado recebeu um passe e, da ponta da área, disparou uma MÁ NOTÍCIA no ângulo do goleiro Ibarra. O Deportivo ficava acuado, exagerando nas faltas, mas o Sport Club, embora controlasse a PELADA, deixou de ampliar o placar por ter um bizarro sistema de cotas que mantém Alecsandro como titular.

O Deportivo voltou ao segundo tempo mais ligado, e logo no início ensaiou uma pressão que se enquadrava na filosofia "joga pra frente e vê no que dá". Mas estava mais para DEPORTADO do que DEPORTIVO, e logo o Inter tomou o CONTROLE DE PLAY 2 da partida de novo - fato este que culminou com o segundo gol colorado, onde Kléber alçou a bola à área e Bolívar, mesmo dando peixinho pro lado errado, marcou de cabeça. A partir daí os donos da casa calçaram as pantufas, botaram os pés em cima da mesinha e ficaram ali vendo TV, só cuidando para o Deportivo não tentar trocar de canal. Nos acréscimos, Giuliano ainda faria uma jogada individual sem querer e desmentiria o goleiro adversário, Ibarra, que mostrou ser incapaz de barrar o que quer que seja.

Agora os colorados têm pela frente o Banfield nas oitavas. O time argentino com nome de banco é mais FERRO NA BONECA do que o grupo do Inter, mas a equipe, pelo menos contra o Deportivo, mostrou ares de uma insuspeitada evolução. Vamos ver se a velha estratégia vai continuar dando certo ou se o Fossati terá que encontrar alguma carta na manga.


Por Eu Mesmo

E não é que finalmente o Inter jogou bem nesta edição da Libertadores? Com um futebol "bom" (falta muito pra chegar no "ótimo"), a equipe gaúcha não tomou conhecimento dos visitantes e aplicou um 3 x 0 que, além de convincente, fez o confronto das oitavas ser contra o time argentino do Banfield.

Claro que ajudou muito que o Inter jogasse bem o fato de, logo aos quatro minutos, Andrezinho (ótima escolha de Fossati para o time titular) manter a média colorada de pelo menos um gol no ângulo por jogo, ao dar um belo chute de esquerda. Depois disso, o Inter foi melhor o primeiro tempo inteiro, chegando sem muita obrigação no gol adversário, mas não sendo ameaçado em nenhum momento (coisa rara nesta Libertadores). Isso era bom, pois a vitória por um gol de diferença dava ao Inter a equipe do Alianza Lima, do Peru, como adversário nas oitavas-de-final. Uma babinha.

O problema é que 1 x 0 era um resultado perigoso; vai que os equatorianos achassem um gol? Motivação eles tinham: chegando na partida como primeiros no grupo, os resultados de momento os deixavam em terceiro lugar, eliminando-os da competição. Portanto, nada mais justo que, no segundo tempo, eles tentarem jogar um pouco mais.

E foi isso que aconteceu; o Deportivo Quito mostrou um pouco mais de volume de jogo. No entanto, abriu mais espaços para o Inter que, mandando no jogo, não teve dificuldades de fazer o segundo gol com Bolívar, de cabeça (que antes havia dado um bico criminoso em um adversário, daqueles que a Libertadores nunca expulsa). Todo mundo comemorou o segundo gol, mas eu não. 2 x 0 deixava o colorado contra o Cruzeiro, e enfrentar brasileiros NUNCA é bom na Libertadores (nem se fosse o Flamengo). Aí, passei a torcer por um gol dos equatorianos, pois um terceiro gol do Inter fazia o adversário ser o Banfield, da Argentina (até preferia os argentinos aos brasileiros, mas não podia esquecer dos fracos peruanos). O problema é que o Deportivo Quito achou que o jogo estava perdido e parou de jogar. No último lance do jogo, em uma jogada individual, Giuliano fez um belo terceiro gol e tirou o Cruzeiro do caminho do Inter, pelo menos por enquanto.

A vitória dá uma esperança de que o Inter possa ter finalmente se acertado e que agora possa ter condições de vencer a Libertadores. Minha opinião? Penso que o próximo jogo, contra o Banfield na Argentina, vai ser decisivo para eu mudar o meu pessimismo em relação ao futuro colorado na Libertadores. Porque o Inter não jogou bem a primeira fase, mas é fato que ainda está invicto. Portanto, não duvido que o Fossati jogue com dez ou onze jogadores atrás, só pra arrancar um empate suado em 0 x 0. O problema é que o adversário não é um time do grupo dos gaúchos.

15 de abr. de 2010

Emelec 0 x 0 Inter

Por Eu Mesmo

Mais uma vez, a estratégia do Inter é aplicada de forma cirúrgica na Libertadores: empatar fora de casa. Nem que seja contra o time que, depois de 12 pontos disputados, ainda não tinha conseguido nenhum.

Numa partida em que o colorado jogou melhor apenas nos primeiros 25 minutos, o time da casa viu que poderia vencer o brasileiro que havia chegado como favorito. Assim, tão logo começou a partir para o ataque, o Emelec obrigou Pato Abbondanzieri a fazer boas defesas (e, consequentemente, a mostrar que pode ser um pouco mais seguro do que vinha sendo) e ainda meteu uma bola na trave, em um lance de escanteio. Parênteses: não dá, simplesmente NÃO DÁ pra levar gol de escanteio na Libertadores. Caso isso aconteça, o time que levou o tento tem que disputar torneios de várzea. Fecha parênteses.

No segundo tempo, o Inter conseguiu voltar mais apático. Ninguém jogou bem. Não sei o que acontece com a equipe, mas esse lance de ganhar em casa e empatar fora - que está dando certo, inegavelmente - está fazendo com que o time gaúcho abdique de jogar futebol - e não digo nem BOM futebol, apenas futebol. Nesta partida, mais que nas outras, o Inter mostrou que está jogando com uma lógica matemática: se ganharmos todas as partidas em casa e empatarmos todas fora, seremos campeões. Ok, na teoria a lógica é muito boa. Porém, na prática, a equipe quase empatou a partida contra o Emelec em casa, quase perdeu TODAS as suas partidas fora e só começou a vencer o jogo contra o Cerro no Beira-Rio após um gol contra ACHADO. Ontem, novamente quase saiu com uma derrota. Acredito que é preciso um pouco mais de ambição para vencer uma competição tão difícil quanto a Libertadores. O Inter não pode ficar contando com o quase.

Que venha o último jogo, no qual o colorado é OBRIGADO a vencer, e tomar que o Inter QUASE não se classifique.


Por André

Inter e Emelec saíram da partida com exatamente o que se propuseram a fazer: o Inter, sem perder fora de casa; e o Emelec, sem jogar futebol.

A partida começou melhor pro lado da galera dos 100m rasos. O Emelec marcava bem e o Inter tentava centralizar tudo como se estivesse numa monarquia, enquanto os equatorianos jogavam a bola na área como se não houvesse amanhã, FLANANDO pelos flancos e aproveitando os misericordiosos espaços concedidos pela equipe gaúcha - e a qualidade do Emelec ficou clara em um lance onde seu atacante, que partia APOCALITICAMENTE na direção do gol, foi derrubado por um ÁCARO e beijou o chão. Do outro lado, o Inter só chegou com perigo quando Giuliano deixou Valter na cara do gol e este, provando que um corpo se mantém de pé mesmo sem cérebro, chutou feito um SABIÁ em cima do goleiro. A dança continuou assim no primeiro tempo, onde o Elemec ainda conseguiu acertar o travessão em um lance de pinball dentro da área, mas graças à alguns centímetros terminou 0 a 0.

No segundo tempo, o colorado voltou com uma vontade ENSANDECIDA de, a qualquer custo, não vencer o jogo. Equilibrou melhor suas ações e passou a se movimentar mais, mas construiu pouco - e as poucas chances eram ESTUPRADAS por Valters da vida. Pior tecnicamente, o Emelec não tinha muito mais o que fazer a não ser, bem, correr. A entrada de Andrezinho deu mais energia e TRANÇAS ao colorado, já que o predador cover entrou na correria total - ainda teve chance de finalizar três vezes, incluindo disparar um TOMAHAWK no travessão, mas graças à alguns centímetros a partida acabou num enfadonho empate.

Agora falta só o Deportivo Quito no Beira-Rio. E é matar ou morrer. Pegar ou levar o toco. Deixar um minuto a mais ou o tempo certo no microondas. Enfim, o Inter precisa ganhar pra ficar vivo na competição. E o Deportivo pode ser a DIREÇÃO ALCOOLIZADA do Inter na Libertadores.

1 de abr. de 2010

Inter 2 x 0 Cerro

Por André

E o Inter continua com sua estratégia para vencer a Libertadores (uma boa, devo admitir): não perder fora de casa e, principalmente, vencer em casa a QUALQUER CUSTO, nem que pra isso tenha que subornar o destino ou as leis da probabilidade.

O colorado, pra variar, começou a partida com a bola toda (trocadilho obrigatório). Giuliano e D'Alessandro saracoteavam pelo campo, trocando posições para confundir a defesa do Cerro que, já naturalmente confusa, estava em campo como um fã de LOST. Entretanto, a retranca da equipe paraguaia era teimosa. Isso, somado ao fato de que, apesar da movimentação, os passes dos meias do Inter podiam ser resumidos na expressão ERRO 404, fez com que tanto a equipe gaúcha como seu adversário arriscassem mais em chutes DDD. Kléber até escapulia vez que outra pela esquerda, mas sem sucesso.

Na segunda etapa a pressão cresceu pra cima da equipe colorada, e Fossati devia estar com as pernas bambas no banco de reserva. Comovido pela situação, o zagueiro Ibañez, com a cabeça claramente encharcada de KAISER QUENTE, tentou cortar um cruzamento anoréxico de Walter e CUSPIU NO ROSTO DAS LEIS DA FÍSICA, marcando contra em um lance completamente nonsense. Um a zero e os torcedores colorados provavelmente já pedindo o final da partida. Treze minutos depois, D'Alessandro SORTEOU a bola pra dentro da área paraguaia. Seguiu-se um feroz bate-rebate, até que Giuliano chutou, Frescarelli - o guarda-redes com nome de MASSA CONGELADA - não conseguiu segurar e o peladeiro Alecsandro aproveitou o rebote para atirar a bola pro gol de qualquer jeito. Dois a zero.

Com um ataque pior do que BATATA FRITA MOLENGA, o Cerro não conseguiu levar muito perigo - e o Inter, satisfeito com o resultado, não ousou muito mais e só deixou o tempo passar. Agora o sport club é o líder do Grupo 5, e tem pela frente o Emelec, lá no Equador. A estratégia empregada parece funcionar e, embora sem convencer, a equipe gaúcha já consegue farejar o doce aroma da classificação.


Por Eu Mesmo

Incrível como uma competição menor como o Gauchão pode se tornar tão decisiva para um clube que tem pretensões maiores em um torneio maior. Após perder os últimos dois jogos (para os fortíssimos São José-Poa e Caxias), a equipe colorada passou de uma situação tranquila para uma desesperadora, o que mostra um pouco a dimensão do absurdo que às vezes é o futebol: se antes dessas derrotas a situação do Inter não era tão tranquila assim (como vínhamos reiterando a cada partida da Libertadores), tampouco tornou-se tão dramática quanto se falava. De qualquer forma, a partida desta quarta-feira tomou feições de decisão e poderia inclusive selar o destino do treinador Jorge Fossati. Tudo isso por causa de duas derrotas em um campeonato que não serve mais para nada - a não ser para criar crises nos clubes grandes.

Portanto, era nítido - e até certo ponto, natural - o nervosismo colorado no primeiro tempo, que aumentava à medida que o gol não saía. Enquanto isso, a equipe do Cerro se via bem postada, jogando um futebol pragmático, destinada a sair do Beira-Rio com pelo menos um pontinho a fim de depender só de si para alcançar a primeira posição do grupo. E o primeiro tempo foi assim, com poucas chances - arrisco dizer que a melhor oportunidade da primeira etapa foi justamente para a equipe visitante.

O segundo tempo não havia começado melhor para o Inter, até que, em um cruzamento para a área, Walter achou um gol para os brasileiros, graças também ao zagueirão que botou a bola pra dentro (valeu, Ibañez!). Aí, como num passe de mágica, tudo se resolveu; o time colorado começou a jogar melhor, a arriscar mais, como se um peso enorme tivesse saído das costas dos seus jogadores. Dessa maneira, em uma bela jogada na área (passe de peito de Walter para Giuliano mandar de voleio para o gol), após o rebote do goleiro Frascarelli (Frangarelii?), Alecsandro mandou para o gol. Dois a zero e os três pontos garantidos.

Agora o Inter volta a depender somente de si para terminar em primeiro no grupo. A torcida saiu vibrando, os jogadores felizes e o técnico aliviado. Quanto a mim? Honestamente, continuo preocupado com a falta de bom futebol apresentado até aqui na competição. Pelo menos, ainda estamos ganhando em casa e empatando fora.