30 de ago. de 2010

Brasileirão, 17ª rodada

No sábado, os dois times brasileiros já classificados para a Libertadores 2011 venceram em casa e continuam no G-4: o Santos venceu o último colocado Goiás, enquanto o Inter passou pelo Botafogo, então terceiro colocado, que agora caiu para a 5ª posição. PC Gusmão segue invicto com o Vasco após o empate com o Cruzeiro e o Grêmio Prudente ganhou um pontinho contra o Ceará para fugir um pouco mais da zona do rebaixamento.

Já no domingo tivemos duas viradas. Uma afundou ainda mais o Atlético Mineiro, presente do Palmeiras, e a outra foi espetacular: o Guarani, que perdia para o Flamengo até os 45 do segundo tempo, entrou em modo Chuck Norris e em dois minutos e meio fez 2x1. O Fluminense empatou com o Rogério Ceni, que fez um gol e pegou um pênalti no Maracanã, enquanto o Corinthians venceu o Vitória, com destaque para o lançamento do Roberto Carlos no 1º gol e o dirigível que a diretoria colocou em campo para exibir os patrocínios do time (mais conhecido como Ronaldo, o fenômeno - sim, porque é um fenômeno um jogador com mais de 100 quilos estar jogando); com esses dois resultados, o Timão encostou no Flu e está a três pontos de distância. Na parte de baixo da tabela, Grêmio e Atlético-GO ganharam um pontinho cada e estão no mesmo lugar que antes.

A nota do fim de semana vai para a Série C, que tem o Juventude de Caxias, que estava na série A até outro dia, a uma derrota da queda para a Série D. Coitado do pessoal de Caxias do Sul; os torcedores do Juventude pelo óbvio incômodo da quase queda, e os torcedores do Caxias por só conseguirem comemorar o malogro do adversário, já que também estão na Série C.

Jogos da rodada
Sábado, 28 de agosto
Santos 2 x 0 Goiás
Internacional 1 x 0 Botafogo
Vasco 1 x 1 Cruzeiro
Ceará 2 x 2 Grêmio Prudente

Domingo, 29 de agosto
Atlético-MG 1 x 2 Palmeiras
Corinthians 2 x 1 Vitória
Guarani 2 x 1 Flamengo
Atlético-PR 1 x 1 Grêmio
Fluminense 2 x 2 São Paulo
Atlético-GO 2 x 2 Avaí

26 de ago. de 2010

Brasileirão, 16ª rodada

O Grêmio jogou bem, mas não contou com o grande destaque do Santos depois do Ganso, o juiz, e acabou derrotado na finalera. O Inter venceu o Avaí, mas ninguém realmente se importava com essa partida. O destaque negativo ficou por conta do Palmeiras, que encheu a cara nos seus 96 anos e acabou DESBARATINADO pelo Atlético-GO por humilhantes 3 a 0. O Fluminense venceu e se distanciou ainda mais do Corinthians, que foi até a Toca da Raposa e não conseguiu suas uvas. O Botafogo foi apenas uma faísca, mas o suficiente pra vencer o Ceará, enquanto seus outros dois colegas de sotaque chiado ficaram no empate sem gols: o Vasco com o São Paulo e o Flamengo com o Atlético-MG.

Fechando a rodada, o Guarani transformou o Vitória em uma contradição ao empatar com o time baiano no Barradão, e o Atlético-PR venceu o Grêmio Prudente naquele que deve ter sido o jogo menos relevante da história. Agora o Fluminense mantém a BONANÇA, acompanhado no G-Libertadores por Corinthians, Botafogo e Santos. Do outro lado, o Grêmio volta pro abate, junto com Atlético-MG, Atlético-GO e Goiás, mas a coisa tá embolada e ninguém é de ninguém.

Jogos da rodada
Quarta-feira, 25 de agosto
Goiás 0X3 Fluminense
Botafogo 1X0 Ceará
Avaí 0X1 Internacional
Prudente 0X1 Atlético-PR
Grêmio 1X2 Santos
Cruzeiro 1X0 Corinthians
São Paulo 0X0 Vasco

Quinta-feira, 26 de agosto
Palmeiras 0X3 Atlético-GO
Vitória 1X1 Guarani
Flamengo 0 x 0 Atlético-MG

20 de ago. de 2010

Inter 3 x 2 Chivas

Por André

Acabou. Depois de uma bela campanha onde enfrentou equipes fortes, o Inter mostrou qualidades indiscutíveis e, mesmo tropeçando eventualmente, chegou ao topo da América. Meus dedos sangram ao escrever estas palavras, mas é impossível não admitir a façanha colorada.

Tal qual escrevi no primeiro texto, o Chivas chegou à final desesperançado. Porque não tem time pra bater o Inter. Ficou claro na primeira partida, e o segundo jogo só corroborou isso - o belo gol dos mexicanos, no final do primeiro tempo, foi mais achado do que camiseta do Grêmio em eventos ao redor do planeta. Os colorados foram superiores, mas, tomados pelo DRAMA, quiseram deixar a coisa mais difícil.

No segundo tempo a vaca foi pro brejo de vez. Sóbis, totalmente fora de ritmo, fez o que devia ser feito e igualou a partida. E coube a LEANDRO DAMIÃO (eu disse LEANDRO DAMIÃO) colocar o Inter na frente, provando que final com time mexicano não faz nenhum sentido mesmo. E se isso por si só já liquidava o Chivas, Giuliano, o melhor jogador dessa Libertadores depois do Verón (porque NINGUÉM NO MUNDO joga mais do que o Verón) fez o seu pra manter a tradição e levou a torcida ao CLÍMAX. Preocupado com a dramaticidade do evento, Araujo descontou na finaleira, mas aí a taça já tinha dono.

Agora está tudo igual no Rio Grande do Sul: duas Libertadores pra cada lado, um mundial pra cada lado. De certa forma, o Inter finalmente se equiparando ao Grêmio após trinta anos vai, no mínimo, fazer com que a direção gremista se mexa pra ganhar alguma coisa de novo. Fica aqui o meu remorso pelo Inter ter vencido e meus sinceros parabéns ao Valter e a todos os colorados que estão lendo isso daqui. Foi merecido.

Vamos ver agora quem será o próximo a largar na frente.

Foto: Jefferson Bernardes/AFP

Por Eu Mesmo

A Libertadores não é fácil. Definitivamente, não é para qualquer um. Os clubes brasileiros sabem desta dificuldade e idolatram a competição exatamente da maneira que ela merece, tal como fosse um jantar romântico com a Penélope Cruz - uma verdadeira conquista. A dificuldade da competição pode ser medida, por exemplo, no número de clubes brasileiros que já a venceram - apenas 8, em 40 anos de torneio. Nos últimos três anos, três brasileiros chegaram à final - Cruzeiro, Fluminense e Grêmio -, e TODOS perderam, com destaque para o tricolor gaúcho, que sofreu a maior diferença de gols em uma final de Libertadores. Por tudo isso, o Inter sabia que, apesar de haver vencido o primeiro jogo, o título, se viesse, provavelmente não viria de forma fácil. E foi o que aconteceu, pelo menos até os 30 minutos do segundo tempo.

Em um primeiro tempo tenso, o Chivas, precisando da vitória, não conseguia passar do meio-campo. Já o colorado, apesar de jogar em casa, exibia um futebol tenso, errando bolas fáceis e não chegando tanto ao gol adversário quanto na primeira partida. E assim foi o primeiro tempo, até que, aos 43 minutos, Bravo fez um belo gol, com aquele voleio que é quase uma bicicleta, e decretou a ida para os pênaltis, pelo menos por enquanto. Tal qual no jogo de ida, o Inter jogava melhor no primeiro tempo, mas tomava um gol no fim da primeira etapa. O problema era que, diferentemente doa partida anterior, nesta as coisas estavam mais complicadas.

É óbvio que no segundo tempo o Inter foi pra cima. Aos 8 minutos, Kléber deixou Rafael Sóbis na cada do gol, mas o goleiro saiu bem e fechou o ângulo do atacante, impedindo o gol. Oito minutos depois, Kléber serviu Sóbis novamente, desta vez num cruzamento milimétrico, e agora ele não desperdiçou. Com o gol, o colorado começou a tomar uma leve pressão do Chivas, que tentava a todo custo mais um gol. Aí Roth tirou Sóbis e colocou Leandro Damião, aos 26. Em quatro minutos, o jogador fez duas coisas dignas de nota: aos 27, deu uma joelhada na testa de tinga, abrindo um Grand Canyon na cabeça do companheiro; e, aos 30, em linda arrancada de 51 metros, deu uma meia-lua no adversário e tocou para as redes na saída do goleiro: era a virada colorada. O Beira-Rio, tenso até então, finalmente soltou o grito de "É campeão". Só faltava o gol de Giuliano, aquele que marcou gols importantíssimos ao longo da Libertadores, e ele veio, na forma de golaço: da entrada da área, driblou dois jogadores e deu um toque sutil por cima do goleiro. Um grand finale para uma atuação de gala do melhor reserva do futebol mundial na atualidade. Ah, o Chivas fez mais um gol também, mas como não valia nada, esse ninguém viu. Ainda sobrou uma leve pancadaria depois do apito final, só para lembrar o público que ali estava rolando um jogo da Libertadores, mas todos os presentes no estádio estavam preocupados demais em comemorar o segundo título do Inter da Taça Libertadores da América, o torneio mais importante do continente.

Ao André e a todos os gremistas que acompanham o blog, um sincero pesar pela escolha de clube mais equivocada da década. Afinal, na primeira década do século XXI, o Internacional venceu seis títulos estaduais, uma Recopa Sul-Americana, uma Copa Sul-Americana, duas Libertadores e um Mundial. Isso sem contar alguns outros títulos internacionais de menor importância (Copa Subaru, Copa Dubai...) e os três vice-campeonatos brasileiros e um na Copa do Brasil. E ainda tem o Campeonato Brasileiro e o Mundial neste ano. Além de ter o mais bem-sucedido plano de sócio-torcedor do Brasil e estar entre os dez clubes com mais sócios NO MUNDO. Por tudo isso, o Inter se consagra nesta década como a melhor equipe do Brasil e uma das melhores do mundo. Em comparação com o Grêmio, tem os mesmos grandes torneios internacionais, com a vantagem de ter uma Sul-Americana, coisa que o rival não tem, e de nunca ter caído para a segunda divisão no Brasil, coisa que o tricolor já alcançou duas vezes.

Definitivamente, a Libertadores não é pra qualquer um.

16 de ago. de 2010

Brasileirão 14ª Rodada

O EFEITO RENATO já se apossou do Grêmio: jogando bem e com autoridade, venceu o Goiás no Olímpico e tirou a corda do pescoço. Já o Inter foi até o Rio de Janeiro pra levar um sacode, o que não faz muita diferença, pois o que importa pro colorado é a Libertadores mesmo - entretanto, o Fluminense ligou o TURBO na tabela com essa vitória, já que o Corinthians perdeu pro Avaí (que ocupa a terceira posição da tabela, mostrando que o mundo não faz nenhum sentido). Enquanto isso o rival Palmeiras, tomado por toda a força que tem o bigode do Felipão, bateu com segurança o Atlético Paranaense - salvando a rodada dos grandes paulistas, pois o São Paulo empatou em casa com o Cruzeiro e o Santos levou uma BORDOADA do Vitória, provando ser a maior enganação desde a CHERRY COKE.

Com a vitória sobre o Atlético-GO o Botafogo garantiu sua presença na PANELINHA de cima, enquanto via o Flamengo vencer com gol do octagenário Petkovic e o Vasco continuar sua ascensão alucinada. Pra fechar a rodada o Atlético-MG conseguiu vencer o Guarani, mas continua ali na zona da PROCTOLOGIA e tremendo nas bases, embora, todos sabem, a tabela do Brasileirinho costuma virar do avesso no segundo turno. É esperar pra ver.

Sábado, 14 de agosto
Flamengo 1X0 Ceará
Atlético-GO 0X2 Botafogo
Palmeiras 2X0 Atlético-PR
Atlético-MG 3X1 Guarani

Domingo, 15 de agosto
Avaí 3X2 Corinthians
São Paulo 2X2 Cruzeiro
Fluminense 3X0 Internacional
Prudente 1X2 Vasco
Grêmio 2X0 Goiás
Vitória 4X2 Santos

12 de ago. de 2010

Chivas 1 x 2 Inter

Por André

Foi uma partida estranha. E não só pela grama sintética, que, sinceramente, me ofendeu a ponto de eu quase redigir uma CARTA para o presidente da CONMEBOL. Pareceu que o placar estava decidido antes da partida e os times entraram em campo apenas para cumprir o protocolo.

Desde o início o destino, atuando através do Inter, mostrou seu desacordo com a presença dos mexicanos: a equipa gaúcha tocava a bola como se estivesse em um CHURRASCO, encurralando os MUCHACHOS no seu campo de defesa. Entretanto, os colorados pouco conseguiam fazer, pois o Chivas ficava GUARDANDO CAIXÃO na frente da área. Daí o gênio BORGETTI, dos atacantes mais clássicos de seu tempo, POSSUIU o mexicano Bautista aos 46 minutos, e, no último lance do primeiro tempo, o meio-campista marcou um gol ÉPICO de cabeça, de fora da área.

Celebrei VIOLENTAMENTE, mas como torcedor de futebol, e não como gremista. Pois a virada colorada parecia inevitável. O segundo tempo voltou nos mesmo termos, o Inter tentando, o Chivas se mantendo, e assim por diante. Eis que Roth conserta uma clássica ROTHEADA e tira o inexistente Éverton de campo. Em seis minutos, e apesar das presenças do mentalmente deficiente Taison e da BONECA DE PANO D'Alessandro, o Inter virou: primeiro Kléber enviou a bola POR SEDEX na cabeça de Giuliano, que mais uma vez salvou a equipe. Alguns minutos depois, em mais uma bola alçada, Índio escorou a pelota para o ótimo Bolívar marcar o gol da virada.

O Chivas até queria colocar uma pressão depois, mas tipo, os caras não tem capacidade pra isso. Aí ficou nessas mesmo, e o Inter traz a decisão pro Beira-Rio com uma senhora vantagem. Como gremista, torcerei fervorosamente pelo Chivas. Mas sem esperanças. Já considero os colorados campeões, e a eficiência do Chivas, no final das contas, será apenas um uísque pra esquecer o resultado.

AFP

Por Eu Mesmo

O futebol é feito de fatos, não de números. Pouco adianta para um time atacar dez vezes mais, ou ter 70% de posse de bola, se no final o adversário colocar mais bolas dentro do gol - o grande objetivo desse esporte bretão. Pois bem, ontem tivemos um jogo em que o primeiro tempo foi de fatos e o segundo tempo, de fatos e números. E, para a alegria de metade do Rio Grande do Sul mais um, os fatos e os números foram do Internacional.

No primeiro tempo, o Inter colocou duas bolas na trave e, em certo momento da partida, tinha 73% de posse de bola. O Chivas não conseguia jogar. O Inter pressionava. Mas, como o futebol é feito de fatos, aos 46 minutos, na ÚNICA oportunidade do time mexicano na etapa inicial, Bautista acertou uma rara cabeçada de fora da área, encobrindo Renan, mal colocado (ele que ainda não justificou sua titularidade na Libertadores). Para piorar, Alecsandro, um dos artilheiros da equipe na competição, havia saído de campo machucado, dando lugar para Éverton, uma nulidade em campo.

O segundo tempo chegou, e com ele nova pressão colorada, que agora ficava meio vulnerável aos contra-ataques inexpressivos do Chivas. Os números eram do Inter, mas o fato é que a derrota estava em pé, rindo da sua cara. D'Alessandro, que ontem jogou muito bem, quase acertou um belo chute no ângulo. A bola não entrava, mas o time dominava. Até que, logo após Rafael Sóbis entrar no lugar do Éverton (praticamente um mea culpa do Roth), veio o empate, em ótimo cruzamento de Kléber para Giuliano, sempre ele, salvar o colorado. Cinco minutos depois, a grandiosa virada, desta vez com uma tabela de zagueiros na área, e de cabeça: após cruzamento de D'Alessandro, Índio serviu Bolívar, que completou para as redes. Depois foi só segurar o placar (apesar de eu achar que dava para ter tentado mais um) e ir pra galera.

Em certo momento, de tão bem que o Inter estava na partida, perguntei ao meu irmão: "O que o Celso Roth fez com esse time?". A resposta dele não poderia ser melhor: "A pergunta certa é o que o Fossati deixou de fazer". Isso porque o Inter tem jogado muito desde que o mal-amado Roth assumiu. Com isso, tem dado o melhor para a torcida, pois melhor do que vencer uma partida fora de casa, como foi o caso ontem, é vencer com a autoridade de um time que foi superior, que não deixou o adversário jogar. Melhor que o resultado em si é quando ele vem acompanhado de uma imposição que justifica esse resultado. Enfim, melhor vencer com fatos, é vencer com fatos e números.

10 de ago. de 2010

Brasileirão 13ª rodada

No sábado, duas goleadas: o Guarani segue desafiando a lógica de cair para a 2ª divisão e venceu o Avaí, enquanto o Botafogo atropelou o Atlético-MG, cujo time parece estar fazendo aqueles complôs para derrubar técnico. O problema é que quando o Luxemburgo cair pode ser tarde demais para se recuperar...

De qualquer forma, parecia que teríamos uma rodada cheia de gols, mas aí veio o domingo e acabou com as expectativas: o jogo com maior número de gols foi a vitória do Fluminense, líder do campeonato, sobre o Grêmio, na zona do rebaixamento há algumas incômodas rodadas, agora sem técnico e assistindo seu maior rival num ano pra lá de bem-sucedido. Eu nunca quis ser gremista, mas particularmente não queria estar na pele de um no momento. O Corinthians também venceu e os dois líderes se distanciaram um pouco do restante dos times (porque o Ceará só empatou - e, no G-4, demitiu seu treinador - e o Inter, amiguinho do peito da CBF, foi beneficiado mais uma vez no ano por Ricardo Teixeira e teve seu jogo contra o Santos adiado). O Palmeiras de Luiz Felipe segue sem vencer, o que, pelo valor que o técnico está ganhando, para mim é um absurdo, mas como ele é ídolo, a torcida ainda está esperando. O Vitória, de ressaca da Copa do Brasil, perdeu mais uma e está a uma posição da zona do rebaixamento, enquanto o outro time ressacado, o São Paulo, este pela Libertadores, só empatou sua partida e segue numa campanha pífia, a 3 pontos da zona maldita. Pra terminar, Cruzeiro e Grêmio Prudente ficaram no 0 a 0 mais cheio de chances perdidas da competição: o ponto alto foi a dupla bola na trave em um chute de Wellington Paulista. Enfim, segue tudo igual nos dois G-4. Até quando?

Jogos da 13ª rodada
Sábado, 7 de agosto
Guarani 4 x 1 Avaí
Botafogo 3 x 0 Atlético-MG

Domingo, 8 de agosto
Corinthians 1 x 0 Flamengo
Grêmio 1 x 2 Fluminense
Ceará 0 x 0 Atlético-GO
Goiás 1 x 1 Palmeiras
Vasco 1 x 0 Vitória
Atlético-PR 1 x 1 São Paulo
Cruzeiro 0 x 0 Grêmio Prudente

6 de ago. de 2010

São Paulo 2 x 1 Inter

Por Eu Mesmo

Um grande jogo, com cara de déjà vu. Isso foi o que se viu ontem no Morumbi, estádio que parece assustar todas as equipes visitantes, menos o Inter. Afinal, as duas equipes haviam se enfrentado em 2006, pela final da Libertadores, e vários jogadores daquela partida estavam ontem ali, atuando ou no banco de reservas. E o script foi parecido em alguns aspectos.

No primeiro tempo, o primeiro déjà vu: depois de um início de partida equilibrado, aos 30 minutos Hernandes cruzou na área e Renan DEU DE OMBROS na bola, servindo Alex, que fez um gol de cabeça meio espírita. Impossível não lembrar da falha de Rogério Ceni na partida de 2006.

O Inter manteve a calma e não deixou o São Paulo pressionar mais. Tanto que, logo aos 6 minutos do 2º tempo, chegou ao empate com um gol de CALCANHAR de Alecsandro - é impressão minha ou o colorado tem uma média de golaços maior que a do Santos neste ano? Como jogo fácil não combina com Libertadores, dois minutos depois veio o segundo gol do São Paulo e o segundo déjà vu: quem não lembra que o Ricardo Oliveira, autor do gol, não pôde jogar a partida final em 2006? Parecia uma vingança sendo meticulosamente escrita contra os gaúchos.

Para deixar as coisas mais dramáticas, veio o terceiro déjà vu: Tinga foi expulso, tal qual na final de 2006. Aliás, ele tem que perder essa mania de tomar cartão vermelho em jogo decisivo; de cabeça, me lembro dessas duas vezes e também daquela em 2005, no jogo contra o Corinthians. Culpado ou não pelas expulsões, o fato é que é uma coincidência meio chata essa. Fica a dica, Tinga.

Com um a menos, restou ao Inter controlar o jogo com maturidade, cozinhando-o em banho-maria até ele terminar e não sendo pressionado com perigo - a não ser quando, no finzinho, Renan tentou repetir a falha do 1º gol, enquanto Pato Abbondanzieri dava um leve sorriso no banco de reservas. E, com o apito final do árbitro, veio o último déjà vu: aquele gostinho de eliminar o todo-poderoso São Paulo F.C., desta vez na casa do adversário.

Foi um jogo intenso, que deve ter aumentado o número de atendimentos em plantões de cardiologia. Mas mais do que isso, significou a volta do colorado, depois de quatro anos - período curtíssimo -, ao tão cobiçado Mundial de Clubes Fifa. Só lembrando, o Inter é o único time brasileiro a disputar duas vezes a competição - aliás, só o Manchester também disputou duas vezes o torneio, e uma delas foi naquele torneio meia-boca de 2000. Um dos melhores do mundo, certamente.

(Foto: Jefferson Bernardes / VIPCOMM)

Por André

Ao contrário do jogo no Beira-Rio, o São Paulo entrou em campo sedento de sangue e sem organização tática nenhuma, como manda o figurino da Libertadores. E não venceu pelo detalhe.

No início a partida foi equilibrada. O São Paulo tinha a iniciativa, mas, tal qual Hollywood, não conseguia criar muita coisa decente. E o sport club se mantinha sólido na defesa, arriscando aqui e ali uns contra-ataques, todos morrendo na INAPTIDÃO de Taison em existir enquanto SER HUMANO. Daí, em uma das tantas bolas alçadas pra área colorada, Renan abraçou a ATMOSFERA e a bola espirrou, sobrando para Alex Silva botar os paulistas na frente. E ficou nisso.

Veio o segundo tempo, então, com o resultado levando pros pênaltis, que, como todos sabem, é muito massa de assistir. Menos para o sport club, claro: após o juiz marcar uma falta inexistente em Taison, o filho do COISA-RUIM, D'Alessandro cobrou e Alecssandro, tomado pela TOTAL FALTA DE SENTIDO, enfiou o calcanhar na bola. O que se mostrou produtivo, uma vez que o desvio enganou Rogério CACHECOL Ceni e igualou a partida. Entretanto, mal eles comemoravam o tento e o São Paulo chegou de novo, e cruzou na área de novo, e Renan tirou bem dessa vez, mas ela sobrou pra um jogador paulista que eu não lembro quem é e NÃO ME IMPORTO, e ele bateu de qualquer jeito pra área. E enquanto Nei tomava um chimarrão e dava condições de jogo, Ricardo Oliveira dominou a pelota tão livre quanto um homem que não está usando cuecas e botou o time da casa na frente de novo. Daí a coisa ficou ainda mais intensa e equilibrada. Tinga perdeu um gol feito pro sport club e, provando que sua contratação foi realmente um erro, se auto-expulsou de campo alguns minutos depois. Foi a vez do São Paulo se jogar pra cima do gol adversário e criar uma chance clara com Fernandinho, mas falhando miseravelmente. No último segundo, um escanteio a favor dos paulistas, Rogério Ceni na área, tudo ou nada, mas a catimba colorada na área (Kléber estava segurando Ceni em cima do Renan, antes que os colorados falem. E sim, o que o Kléber fez é uma tática válida e esperta) sequer deixou a bola chegar perto do gol.

No final das contas, o São Paulo pagou pela sua covardia no Beira-Rio. Foi uma partida bizarra, com gols estranhos, técnica lá embaixo, confusão e decisões bastante ruins do árbitro. Um jogo digno de Libertadores, creio eu.

2 de ago. de 2010

Brasileirão 12ª Rodada

A rodada dos clássicos foi decepcionante: três DERBIS, três empates. O Inter sai pela tangente, pois seu foco está na Libertadores e não é afetado pelo 0 a 0 em uma partida onde o Grêmio foi superior (e podem colocar o empate na conta de Borges e Renan). O Corinthians, sempre tão social, contou com seu amigo apito e desencavou um empate de um gol contra o Palmeiras de Felipão, enquanto Flamengo e Fluminense repetiram o sofrido 0 a 0 do GreNal. Bom pro Fluminense, que venceu o Atlético PR e assumiu a liderança, preparando o inevitável desgosto que dará aos torcedores no final do ano.

O Cruzeiro bateu o Atlético MG e, após a partida, cientistas descobriram que o céu é azul. O Santos também venceu, mas a vitória foi menos falada do que uma sessão de EXIBICIONISMO de alguns santistas na webcam. Já o Avaí enfiou 4 a 1 no Goiás e continua na CRISTA DA ONDA. Enquanto isso o São Paulo goleou o Ceará por 2 a 1 (na situação que o time paulista estava, sair de campo com uma bola na trave seria vitória) e, quem sabe, ganhou um par de culhões para o jogo de volta da Libertadores. Nah.

Jogos da 12ª Rodada
Sábado, 31 de Julho
Atlético GO 1 x 1 Guarani
São Paulo 2 x 1 Ceará
Fluminense 3 x 1 Atlético PR

Domingo, 1 de Agosto
Avaí 4 x 1 Goiás
Palmeiras 1 x 1 Corinthians
Inter 0 x 0 Grêmio
Vitória 1 x 3 Botafogo
Grêmio Prudente 1 x 2 Santos
Flamengo 0 x 0 Vasco
Atlético MG 0 x 1 Cruzeiro