Por André
Por mais que a FIFA tente tornar o futebol um evento de MOCINHAS, o âmago do esporte não se rende - principalmente na Copa Libertadores, onde um suspiro a mais ou a menos faz toda a diferença. E o São Paulo entrou no Beira-Rio não apenas defensivo, nem sequer buscando o empate, mas sim escondido atrás da SAIA DA VOVÓ. E na Libertadores a covardia cobra seu preço.
Apesar da superioridade colorada, a equipe são paulina mostrou solidez defensiva no primeiro tempo: o Inter dominava a rechonchuda mas não conseguia criar chances claras, e Rogério Ceni, claramente cheirado de RED BULL, dava mais do que conta dos chutes à distância. Com o São Paulo abdicando de atacar e o Inter sem construir nada concreto, a etapa inicial acabou nesse marasmo.
O Inter melhorou para o segundo tempo, embora suas jogadas terminassem em Taison, o corredor totalmente desprovido de neurônios e OLHOS. Mas o colorado mostrava um pouco mais de vontade e sobriedade na hora de ir pra cima - entretanto, parava na ótima atuação de Rogério Ceni ou na falta de competência de sua linha de frente. Daí, sem alternativas visíveis, Roth chamou Giuliano e disse pra ele ligar o MODO ESTUDIANTES. Deu certo: num bate e rebate alucinado na área, o guri dominou a pelota, girou bem e chutou sem chances de defesa para o arqueiro são paulino.
O São Paulo até tentou iniciar uma ofensiva com Fernandinho, mas a produtividade foi risível.
Inter sai na frente, portanto, e com uma vitória merecida. Mas é um resultado perigoso. Qualquer bola perdida, qualquer chute que o Hernanes acerte de fora da área, e a coisa complica bastante - e o colorado mostrou dificuldades na hora de BALANÇAR O CAPIM NO FUNDO DA REDE, embora tenha dominado a partida. Como toda Libertadores, como todo bom esporte VIKING, esta semifinal está pendendo para um lado. Mas ainda longe de ser definida.
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Por Eu Mesmo
Vamos recapitular alguns acontecimentos das últimas duas semanas envolvendo Inter e São Paulo: o time gaúcho é o líder isolado do pós-Copa no Brasileiro, com 12 pontos em 12 disputados, enquanto o São Paulo é o último isolado, com 1 ponto; o Inter conseguiu a liberação de três jogadores importantes (Tinga, Renan e Rafael Sobis), enquanto o São Paulo perdeu Washington e trouxe de volta Ricardo Oliveira. Enfim, deu pra ter uma ideia de que o tricolor paulista desejava muito provar no Beira-Rio que ainda é o "amado clube brasileiro".
Mas não conseguiu. E pior: provavelmente fez a sua pior partida no ano. Ou na história da Libertadores. Ou na sua história. Tá, talvez não tenha sido tão ruim assim, pois só perdeu de 1 a 0. Mas acontece que o tricolor foi completamente dominado pelo Inter, que encurralava cada jogador de branco assim que ele tinha a bola e partia para o ataque como o Borat atrás da Pamela Anderson. Para se ter uma ideia, em determinado momento do 1º tempo, o Inter tinha 69% de posse de bola, lembrando a Espanha na Copa do Mundo. Mas, assim como a Fúria, a posse de bola não se convertia em gols - e mal se convertia em chances de gol, que aconteceram poucas na primeira etapa.
A situação mudou no segundo tempo. Nos dez primeiros minutos, o Inter já tinha feito uma blitz estilo II Guerra Mundial, com várias chances perdidas. O jogo continuou como um treino de ataque contra defesa até que Giuliano, que tem tudo para ser o novo Gabiru no Inter (quase não joga e faz os gols salvadores, só falta ser odiado pela torcida), aproveitou uma sobra de bola para virar e colocar no cantinho de Rogério Ceni, para explodir de emoção a torcida colorada. Com o gol, o São Paulo tentou vir pra cima, mas é incrível a falta de qualidade do time. Não sei se o problema é o técnico, são os jogadores ou é alguma mandinga feita por um time baiano; o que importa é que o tricolor paulista, assim como a personagem de Kathy Bates em Louca Obsessão, está com sérios problemas.
Apesar do bom futebol, o Inter não conseguiu garantir a vaga. A vitória foi boa, mas é possível para o São Paulo revertê-la no Morumbi. Só que vai ter que jogar muito mais do que essa bolinha aí pra tirar a vaga do Inter para a final. Ah, e antes que eu me esqueça: Celso Roth é o cara. Pelo menos por mais umas 14 rodadas (que é quando os poderes dele começam a cair...).