Gols: Cavani, 28' 1°T, e Forlán, 5' 2°T (Uruguai); Müller, 19' 1°T, Jansen, 11' e Khedira, 37' 2°T (Alemanha)
Um atentado nuclear terrorista não faria tantos estragos quanto essa partida. Um confronto que seria digno não apenas da final, mas deve figurar em livros de história daqui pra frente. Porque a blietzkrieg alemã encontrou pela frente um Uruguai com SANGUE NUZÓIO. Que jogou de igual pra igual e só saiu atrás porque o goleiro Muslera defendeu um chute de Schweinsteinger como um obstáculo de PINBALL e a pelota sobrou limpa pra Müller marcar no rebote. Mas SCHWAINZA joga no fair play e fez questão de perder a bola pro excelente volante Pérez no meio-de-campo. Daí a bola sobrou pra Suárez, que, como sempre, fez o que tinha que ser feito e deixou Cavani livre na área pra empatar. Foi a deixa pros uruguaios assumirem o controle, e logo no início do segundo tempo Arévalo Rios cruzou para Forlán decretar o fim do universo com um voleio devastador, de fora da área, sem chances para o goleiro Butt (eu sei, eu sei). Uma virada sensacional, heróica, que só não foi mais épica porque seis minutos depois Boateng LEILOOU a bola pra área, Muslera deu um SHORYUKEN no nada, a bola atingiu Jansen e morreu nas redes. O empate não esfriou a partida, que continuou lá e cá, fazendo milhares de cervejas serem consumidas mundo afora. Mas justo aos 37 do segundo tempo Özil cobrou escanteio, a bola ficou se fazendo na área uruguaia e Khedira/Baros aproveitou para cabeceá-la até a tranquilidade das redes. Só que uma partida dessa não simplesmente acaba se consumindo aos poucos, ela explode de uma vez só: aos quarenta e último lance do jogo, falta perigosa a favor do Uruguai. Forlán, o craque do time, o craque da Copa, na bola. Ele espera o apito e chuta. A Jabulani sobrevoa a barreira, rompe o ar. E, como um capricho dos deuses, como uma travessura do destino, arremeteu-se contra o travessão. Alemanha 3, Uruguai 2. Forlán pode até ter ficado temporariamente bravo, decepcionado, mas quando aquela bola atingiu a trave e milhares ao redor do mundo colocaram as mãos no rosto e gritaram "NÃO!", o uruguaio deu a eles tudo aquilo de que o futebol é feito.
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