Por André
Foi uma partida estranha. E não só pela grama sintética, que, sinceramente, me ofendeu a ponto de eu quase redigir uma CARTA para o presidente da CONMEBOL. Pareceu que o placar estava decidido antes da partida e os times entraram em campo apenas para cumprir o protocolo.
Desde o início o destino, atuando através do Inter, mostrou seu desacordo com a presença dos mexicanos: a equipa gaúcha tocava a bola como se estivesse em um CHURRASCO, encurralando os MUCHACHOS no seu campo de defesa. Entretanto, os colorados pouco conseguiam fazer, pois o Chivas ficava GUARDANDO CAIXÃO na frente da área. Daí o gênio BORGETTI, dos atacantes mais clássicos de seu tempo, POSSUIU o mexicano Bautista aos 46 minutos, e, no último lance do primeiro tempo, o meio-campista marcou um gol ÉPICO de cabeça, de fora da área.
Celebrei VIOLENTAMENTE, mas como torcedor de futebol, e não como gremista. Pois a virada colorada parecia inevitável. O segundo tempo voltou nos mesmo termos, o Inter tentando, o Chivas se mantendo, e assim por diante. Eis que Roth conserta uma clássica ROTHEADA e tira o inexistente Éverton de campo. Em seis minutos, e apesar das presenças do mentalmente deficiente Taison e da BONECA DE PANO D'Alessandro, o Inter virou: primeiro Kléber enviou a bola POR SEDEX na cabeça de Giuliano, que mais uma vez salvou a equipe. Alguns minutos depois, em mais uma bola alçada, Índio escorou a pelota para o ótimo Bolívar marcar o gol da virada.
O Chivas até queria colocar uma pressão depois, mas tipo, os caras não tem capacidade pra isso. Aí ficou nessas mesmo, e o Inter traz a decisão pro Beira-Rio com uma senhora vantagem. Como gremista, torcerei fervorosamente pelo Chivas. Mas sem esperanças. Já considero os colorados campeões, e a eficiência do Chivas, no final das contas, será apenas um uísque pra esquecer o resultado.
AFP
Por Eu Mesmo
O futebol é feito de fatos, não de números. Pouco adianta para um time atacar dez vezes mais, ou ter 70% de posse de bola, se no final o adversário colocar mais bolas dentro do gol - o grande objetivo desse esporte bretão. Pois bem, ontem tivemos um jogo em que o primeiro tempo foi de fatos e o segundo tempo, de fatos e números. E, para a alegria de metade do Rio Grande do Sul mais um, os fatos e os números foram do Internacional.
No primeiro tempo, o Inter colocou duas bolas na trave e, em certo momento da partida, tinha 73% de posse de bola. O Chivas não conseguia jogar. O Inter pressionava. Mas, como o futebol é feito de fatos, aos 46 minutos, na ÚNICA oportunidade do time mexicano na etapa inicial, Bautista acertou uma rara cabeçada de fora da área, encobrindo Renan, mal colocado (ele que ainda não justificou sua titularidade na Libertadores). Para piorar, Alecsandro, um dos artilheiros da equipe na competição, havia saído de campo machucado, dando lugar para Éverton, uma nulidade em campo.
O segundo tempo chegou, e com ele nova pressão colorada, que agora ficava meio vulnerável aos contra-ataques inexpressivos do Chivas. Os números eram do Inter, mas o fato é que a derrota estava em pé, rindo da sua cara. D'Alessandro, que ontem jogou muito bem, quase acertou um belo chute no ângulo. A bola não entrava, mas o time dominava. Até que, logo após Rafael Sóbis entrar no lugar do Éverton (praticamente um mea culpa do Roth), veio o empate, em ótimo cruzamento de Kléber para Giuliano, sempre ele, salvar o colorado. Cinco minutos depois, a grandiosa virada, desta vez com uma tabela de zagueiros na área, e de cabeça: após cruzamento de D'Alessandro, Índio serviu Bolívar, que completou para as redes. Depois foi só segurar o placar (apesar de eu achar que dava para ter tentado mais um) e ir pra galera.
Em certo momento, de tão bem que o Inter estava na partida, perguntei ao meu irmão: "O que o Celso Roth fez com esse time?". A resposta dele não poderia ser melhor: "A pergunta certa é o que o Fossati deixou de fazer". Isso porque o Inter tem jogado muito desde que o mal-amado Roth assumiu. Com isso, tem dado o melhor para a torcida, pois melhor do que vencer uma partida fora de casa, como foi o caso ontem, é vencer com a autoridade de um time que foi superior, que não deixou o adversário jogar. Melhor que o resultado em si é quando ele vem acompanhado de uma imposição que justifica esse resultado. Enfim, melhor vencer com fatos, é vencer com fatos e números.
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