(os textos abaixo foram escritos pelo Valter, mas como ele não conseguiu publicá-los no blogger, cá estou fazendo isso por ele. Coisas da modernidade)
Algumas observações sobre a seleção brasileira depois deste jogo:
- O Felipe Melo não tem condições psicológicas de disputar uma Copa do Mundo. Depois de acertar o braço de um jogador português quando este estava na altura de sua cabeça (?), quase acertar uma bolada no técnico de Portugal e dar duas entradas propositais no jogador que o havia machucado minutos antes, Dunga teve que correr para substituí-lo antes que fosse expulso.
- O Brasil jogou com três a menos hoje, pelas ausências de Michel Bastos, Gilberto Silva e Júlio Baptista, que não jogaram nada, erraram quase todos os passes e deixaram algumas bolas passarem.
- Ainda sobre Júlio Baptista, a seleção brasileira realmente sente muita falta do Kaká, não tanto por ele ser o grande jogador que é, mas por não haver substituto para ele no banco de reservas. Inadmissível isso acontecer em um país em que Ronaldinho Gaúcho, Alex (aquele ex-Cruzeiro e ex-Palmeiras) e Ganso não foram convocados - para citar apenas os três primeiros que me vieram à mente.
Mas mesmo com o péssimo segundo tempo do Brasil, não dá pra dizer que não foi um bom resultado: a seleção jogou o tempo todo somente para ficar em primeiro no grupo. Foi um jogo pragmático, não deverá ser assim no jogo das oitavas. Quanto a Portugal, aí sim é preciso se preocupar; afinal, só jogou bem contra a Coreia do Norte, e não vai haver adversários desse naipe na próxima fase.
Costa do Marfim 3 x 0 Coreia do Norte
Gols: Touré, 13' 1ºT, Romaric, 19' 1ºT e Kalou, 36' 2ºT
Jogo de ataque contra defesa. Esse é o melhor resumo que pode ser feito do jogo. A Coreia do Norte tentando sair com pelo menos um ponto para poder contar para os netos a grande façanha que fizeram pela pátria-mãe, e a Costa do Marfim tentando o milagre de fazer oito gols em um jogo, além de torcer contra Portugal. Os dois primeiros gols, antes dos 20 minutos e com seis minutos de diferença, pareciam mostrar que o milagre era possível. Fato é que os marfinenses decepcionaram nesta Copa, e este último jogo foi mais uma prova disso: ataques desorganizados, com muita vontade mas pouca eficácia. Mesmo assim, conseguiram fazer três gols no time mais estranho da Copa: uma hora se defende com os onze, na outra está com sete no ataque. Sério, não sei qual é a das seleções do Irã e da Arábia Saudita (que também não são tudo isso), mas eu teria vergonha de não ter ido para a Copa do Mundo por causa dos norte-coreanos. Caiu o pano para as duas seleções na Copa.
Suíça 0 x 0 Honduras
A Suíça conseguiu não levar gols em mais um jogo. Porém, também conseguiu não fazê-los, o que era primordial para conseguir a classificação para as oitavas. Era uma seleção que só dependia de si para se classificar, ia jogar com uma das equipes mais fracas da competição, e mesmo assim acabou no empate. E olha que Honduras ainda teve mais chances claras de fazer um gol do que os suíços, mas o problema da qualidade dos seus jogadores atrapalhou um pouquinho na hora de colocar a bola na rede. Nem perto do fim do jogo, no desespero, a Suíça esboçou qualquer sentimento de esperança no coração dos seus torcedores, que pelo menos devem ter saído da Copa orgulhosos de a sua equipe ter tomado só um gol. Já os hondurenhos saem felizes por terem conquistado um ponto na competição. Copa do Mundo, um torneio de prioridades diferentes.
Chile 1 x 2 Espanha
Gols: Villa, 23' 1ºT, Iniesta, 36' 1ºT e Millar, 1' 2ºT
A Espanha entrou em campo precisando da vitória. O Chile até poderia perder, mas para isso a Suíça não poderia vencer Honduras (o que era difícil). Portanto, o jogo começou bem equilibrado, com os chinelos mostrando um futebol até superior ao dos incensados espanhóis. Fernando Torres continuava perdendo gols fáceis, mas o Chile era quem chegava com mais perigo. Só que aí o goleiro chileno decidiu causar um terremoto de sete graus na Escala Richter ao sair do gol quando não precisava e ainda por cima dar a bola no pé de Villa, que é o melhor jogador espanhol na Copa, que chutou de longe e fez um belo gol de cobertura. Aí a Espanha dominou e, pouco mais de dez minutos depois, chegou fácil ao segundo gol, outro belo tento. No lance do gol, o juiz interpretou um trança-pé acidental como uma voadora do losango aberto invertido proposital e expulsou Marco Estrada, do Chile. Com um a menos, o Chile torceu para o 1º tempo acabar logo. O 2º tempo mal começou e os chinelos acharam um gol, num chute de fora da área que desviou num zagueiro espanhol. Aí, com a informação de que a Suíça não ia fazer gols, os dois times classificados decidiram não jogar mais e apenas esperar o fim da partida. A Espanha escapou da seleção brasileira nas oitavas, e o Chile vai pegar o Brasil com no mínimo três desfalques (por cartões). Que comecem as oitavas!
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