2 de jul. de 2010

Copa do Mundo - Dia 20

Brasil 1 x 2 Holanda
Gols: Robinho, 10' 1°T (Brasil); Felipe Melo (contra), 8' 2°T e Sneijder, 22' 2° T (Holanda)

Aconteceu o inevitável. Ao longo dos últimos quatro anos, ficou claro que os convocados por Dunga eram limitados, que as opções no banco deixavam a desejar, que Robinho era uma nulidade, e que Felipe Melo eventualmente ia cagar tudo. E foi hoje. O jogo até começou bem, o Brasil em cima, até mesmo uma realidade alternativa se impôs quando Felipe Melo deu um lançamento devastador e Robinho completou com perfeição, fazendo o 1 a 0. Daí o Brasil, com um ou outro espasmo de vida, voltou à sua inércia habitual. E a Holanda não se desesperou. No segundo tempo, os laranjas foram premiados com uma falha grotesca no GPS de Júlio César e Felipe Melo, que se PECHARAM na área e o segundo acabou fazendo contra. Aproveitando que o Brasil encontrava-se em um estado de ressaca de vinho, a Holanda forçou um pouco mais e chegou ao empate com Sneijder em um escanteio maroto. E, como previsto, a seleção canarinho não teve forças para chegar ao empate - mais difícil ainda depois que Felipe Melo deu um FATALITY em Robben e foi expulso. Faltou elenco, faltou técnico, faltou vontade, faltou tudo. Um repeteco de 2006. Não há nada a fazer a não ser aceitar que o Brasil chegou até onde podia chegar. E a Holanda parte feliz da vida, com um dos melhores meias do mundo no seu comando, rumo à GUERRA INTERESTELAR que será a semifinal.


Uruguai 1 (4) x (2) 1 Gana
Gols: Forlán, 10' 2°T (Uruguai); Muntari, 46' 1° T (Gana)

Poucas coisas na história do mundo superaram essa partida em termos de intensidade, emoção e genialidade. Os ganeses saíram na frente com um golzinho furreco, onde a jabulani, aquela filha do coisa-ruim, realizou uma CHICANE e enganou o goleiro Musrela. Na segunda etapa o Uruguai voltou melhor, atacou mais, e Forlán empatou em uma cobrança de falta DANADA. Aí ficou nesse diz-que-me-diz e os charruas mantiveram-se melhor até a prorrogação, quando os oito pulmões dos africanos fizeram a diferença. Foi então, no último minuto de jogo, que aconteceu: falta mal marcada a favor de Gana. Bola na área. O goleiro dá rebote. O atacante ganês, impedido, chuta de DENTRO DA PEQUENA ÁREA e o atacante Suárez salva. Sobra pra outro africano, que cabeceia com convicção. Então Suárez, O Escolhido, Aquele que carrega o sangue de JESUS nas veias, acerta um SHORYUKEN na pelota, impedindo-a de entrar e construindo uma jogada digna de ser SANTIFICADA e que será imortalizada por séculos. O juiz marcou o pênalti e, contrariando o bom senso, expulsou Deus de campo. Suárez saiu cabisbaixo, mas não foi embora: ficou ali para ver Gyan cobrar a infração e demolir a trave, levando a decisão para as penalidades máximas.

Ápice da história da humanidade.

Transtornados até os rins, os africanos bateram duas cobranças de pênaltis com a displicência de quem ATUALIZA UM BLOG, falhando miseravelmente. O Uruguai também errou um, mas foi apenas para dar emoção. Pois El Loco Abreu chegou pra bater a última cobrança, e pegou uma distância continental da bola, e na hora do VAMUVÊ deu uma cavadinha ofensiva, que morreu nas redes. Abreu só não saiu correndo para celebrar porque seus CULHÕES pesavam demais e o impediam de correr. O Uruguai se classificou da forma mais grandiosa possível, da forma mais heróica possível. E agora pega a Holanda totalmente movido a coração. E se passar, provará que ainda há um pouco de alma neste planeta.

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