Tem alguma coisa errada quando o time visitante (e de outro país) leva 25 mil torcedores para o estádio, contra uns 3 mil da torcida da casa. E mais errada ainda quando um time que é melhor, tem mais elenco e joga melhor o primeiro tempo não consegue sequer fazer um gol, mesmo com toda essa vantagem.
Pois foi isso o que aconteceu no jogo entre Inter e Cerro (do Uruguai): a partida começou quente, com o time da casa jogando melhor (pra variar). Entretanto, rapidamente o colorado tomou conta da partida e se impôs, tendo duas chances claras para marcar. Atacando principalmente pelo lado esquerdo, o Inter fez sua melhor apresentação nos primeiros quarenta e cinco minutos do seu terceiro jogo, o que, se por um lado é preocupante, por outro pelo menos alivia o torcedor, no sentido em que o time mostra que pode render mais do que rendera até então. Exceto por Bruno Silva, que ainda não conseguiu mostrar a que veio e parece ser o tipo de jogador que o técnico coloca em campo só pra provocar a torcida. Se o Inter for para o Mundial, aposto que o gol do título será dele.
Após pressionar no primeiro tempo mas não conseguir fazer nenhum gol, o time gaúcho voltou a jogar o futebol chato e burocrático que vem marcando sua campanha na Libertadores; em certos momentos, parecia que a equipe estava ganhando ou que achava o empate contra o Cerro um excelente resultado, passando a ser ameaçado de forma desnecessária. No fim do jogo, então, o Inter chegou ao cúmulo de CATIMBAR.
Não que o empate não tenha sido bom, dentro da lógica da Libertadores - ganhar em casa e não perder fora. Porém, dentro do contexto do jogo (com a imensa torcida a seu favor e um primeiro tempo muito melhor), o empate saiu com um gostinho amargo. Para quem entrou na competição esperando terminar a primeira fase em primeiro lugar na colocação geral, não falta só muito futebol para o time; falta também vontade de surpreender e ganhar fora.
Observação: só eu notei ou acho que esta foi a maior torcida adversária de um outro país na história da Libertadores (quiçá mundial)?
Por André
Inter e Cerro entraram pra disputar a peleja em Rivera, no Uruguai, cidade conhecida pelos brasileiros por seus produtos exorbitantemente baratos. O que faz todo sentido: a impressão é de que o colorado foi lá comprar ELETRÔNICOS e esqueceu que tinha que jogar bola.
Mesmo com o mando de campo para o adversário, a torcida do sport club se mobilizou e AVANÇOU no estádio feito fãs da Crepúsculo na estréia do filme. Em campo, entretanto, o Cerro começou melhor, arremessando bolas para a área colorada, deslocando-as de cabeça na direção do gol e obrigando Pato a fazer COREOGRAFIAS para afastá-las de lá. O Inter mudara seu esquema para 4-4-2, para que D'Alessandro pudesse jogar com o resto da galera, mas só foi emparelhar o jogo quando sua marcação, entediada, resolveu avançar pra ver se acontecia alguma coisa. Aí foi a vez do Cerro ficar acuado feito um peru no Natal, e Giuliano por duas vezes quase fez o que devia ser feito. Mas ficou no quase.
O segundo tempo voltou com as mesmas diretrizes, o Inter dando o tom, o Cerro se fazendo de leitão pra mamar deitado, e por aí vai. Totalmente aborrecido, Fossati, também conhecido como "o CANCEROSO do Arquivo X", realizou substituições aqui e ali pra dar mais dinâmica à transmissão, colocando Little Andrew no lugar de D'Ale e Taison, o Anticristo, no lugar de Giuliano. Fiquei esperando que Taison tirasse a máscara e se revelasse um DEMÔNIO, mas isso não aconteceu.
O empate fora nem é um resultado tão ruim, mas o que deve estar tirando a SONECA dos colorados é que o time simplesmente não engrena. Ok, o Grêmio foi assim até a final em 2007, mas tinha um treinador melhor e deu com os burros muito na água quando pegou uma equipe realmente boa. Ou a coisa melhora ali pros lados da beira do rio, ou o brasileirinho 2010 vai ser a tentativa de prêmio de consolação.
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