15 de jun. de 2009

Brasil 4 x 3 Egito

Enquanto os jogadores do Brasil entravam em campo, Dunga botou uma carne no fogo e umas cervejas na geladeira, pra fazer o clássico churrasco depois do futebolzinho tranquilo de segunda. Isso ficou claro no momento em que a zaga egípcia fervorosamente surrou o ar, aos cinco minutos, deixando Kaká livre pra balançar as redes. Claro, três minutos depois o egípcio Abou Trika flanou por cima de Kléber e largou a pelota na cabeça do carequinha Zidan (calma, não aquele), que testeou com vontade e sem chances para o salvador JC. Mas o gol espírita de Luís Fabiano e a boa intervenção de Juan ali na frente, fazendo 3 a 1, sugeriam que o tento do Egito foi apenas um lance de desatenção. O Brasil controlava a partida e o pagode rolava solto.

Chegamos à segunda etapa, então. Mesmas equipes, tudo igual. Pelo menos aparentemente. Enquanto a seleção canarinho continuava no ilariê, o Egito foi tomado por algum espírito faraônico e resolveu entrar na dança: em menos de dois minutos, Shawky e Zidan marcariam duas vezes em ataques alucinados, igualando a a churrascada. Só que após jogar areia nas juntas do Brasil, os campeões africanos não diminuíram o ritmo e seguiram acossando os filhos de Dunga, que nada faziam a não ser corroborar continuamente a falta de criatividade do treinador.

Eis que no final a equipe canarinho coloca em campo sua principal arma: a sorte. Em um escanteio aleatório, após um bate-rebate, e um chute desesperado, um dos egípcios dá um cotovelaço na bola dentro da área. Pênalti que Kaká, o único com culhões naquela equipe, bateu bem e converteu. E vitória do Brasil. Feia, suada, e não merecida, como tem sido na Era Dunga.

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