15 de abr. de 2010

Emelec 0 x 0 Inter

Por Eu Mesmo

Mais uma vez, a estratégia do Inter é aplicada de forma cirúrgica na Libertadores: empatar fora de casa. Nem que seja contra o time que, depois de 12 pontos disputados, ainda não tinha conseguido nenhum.

Numa partida em que o colorado jogou melhor apenas nos primeiros 25 minutos, o time da casa viu que poderia vencer o brasileiro que havia chegado como favorito. Assim, tão logo começou a partir para o ataque, o Emelec obrigou Pato Abbondanzieri a fazer boas defesas (e, consequentemente, a mostrar que pode ser um pouco mais seguro do que vinha sendo) e ainda meteu uma bola na trave, em um lance de escanteio. Parênteses: não dá, simplesmente NÃO DÁ pra levar gol de escanteio na Libertadores. Caso isso aconteça, o time que levou o tento tem que disputar torneios de várzea. Fecha parênteses.

No segundo tempo, o Inter conseguiu voltar mais apático. Ninguém jogou bem. Não sei o que acontece com a equipe, mas esse lance de ganhar em casa e empatar fora - que está dando certo, inegavelmente - está fazendo com que o time gaúcho abdique de jogar futebol - e não digo nem BOM futebol, apenas futebol. Nesta partida, mais que nas outras, o Inter mostrou que está jogando com uma lógica matemática: se ganharmos todas as partidas em casa e empatarmos todas fora, seremos campeões. Ok, na teoria a lógica é muito boa. Porém, na prática, a equipe quase empatou a partida contra o Emelec em casa, quase perdeu TODAS as suas partidas fora e só começou a vencer o jogo contra o Cerro no Beira-Rio após um gol contra ACHADO. Ontem, novamente quase saiu com uma derrota. Acredito que é preciso um pouco mais de ambição para vencer uma competição tão difícil quanto a Libertadores. O Inter não pode ficar contando com o quase.

Que venha o último jogo, no qual o colorado é OBRIGADO a vencer, e tomar que o Inter QUASE não se classifique.


Por André

Inter e Emelec saíram da partida com exatamente o que se propuseram a fazer: o Inter, sem perder fora de casa; e o Emelec, sem jogar futebol.

A partida começou melhor pro lado da galera dos 100m rasos. O Emelec marcava bem e o Inter tentava centralizar tudo como se estivesse numa monarquia, enquanto os equatorianos jogavam a bola na área como se não houvesse amanhã, FLANANDO pelos flancos e aproveitando os misericordiosos espaços concedidos pela equipe gaúcha - e a qualidade do Emelec ficou clara em um lance onde seu atacante, que partia APOCALITICAMENTE na direção do gol, foi derrubado por um ÁCARO e beijou o chão. Do outro lado, o Inter só chegou com perigo quando Giuliano deixou Valter na cara do gol e este, provando que um corpo se mantém de pé mesmo sem cérebro, chutou feito um SABIÁ em cima do goleiro. A dança continuou assim no primeiro tempo, onde o Elemec ainda conseguiu acertar o travessão em um lance de pinball dentro da área, mas graças à alguns centímetros terminou 0 a 0.

No segundo tempo, o colorado voltou com uma vontade ENSANDECIDA de, a qualquer custo, não vencer o jogo. Equilibrou melhor suas ações e passou a se movimentar mais, mas construiu pouco - e as poucas chances eram ESTUPRADAS por Valters da vida. Pior tecnicamente, o Emelec não tinha muito mais o que fazer a não ser, bem, correr. A entrada de Andrezinho deu mais energia e TRANÇAS ao colorado, já que o predador cover entrou na correria total - ainda teve chance de finalizar três vezes, incluindo disparar um TOMAHAWK no travessão, mas graças à alguns centímetros a partida acabou num enfadonho empate.

Agora falta só o Deportivo Quito no Beira-Rio. E é matar ou morrer. Pegar ou levar o toco. Deixar um minuto a mais ou o tempo certo no microondas. Enfim, o Inter precisa ganhar pra ficar vivo na competição. E o Deportivo pode ser a DIREÇÃO ALCOOLIZADA do Inter na Libertadores.

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