Por Eu Mesmo
É, azedou pro Colorado... Após sofrer a primeira derrota na Libertadores e com DUAS decisões em uma semana, nas quais tem de vencer por dois gols ou mais, o Inter sai da Argentina como a maioria dos times brasileiros costuma sair: frustrado. Afinal, para quem esperava um empate - adivinha -, essa derrota vai ecoar ao longo de uma semana que promete ser conturbada no Beira-Rio.
O Inter começou bem a partida, pelo menos dentro das suas pretensões - não perder. Não deixava o Banfield chegar com perigo - a não ser por dois lances em que Pato Abbondanzieri defendeu muito bem e um outro, em que o juiz anulou um gol LEGAL dos argentinos, que o Abobadozieri fez mais umas de suas trapalhadas (alguém mais está com saudades do Clemer?). Além disso, ainda conseguiu chegar com perigo na área adversária - destaque para o gol BEM ANULADO do Inter. Conjuntamente, estava jogando uma boa partida. Individualmente, não havia um jogador que se destacasse, o que é uma pena, pois a partida parecia pedir um herói.
Na verdade, o segundo tempo mostrou três heróis, infelizmente todos do Banfield: Rodriguez, que fez um gol estranho no início do segundo tempo (valeu de novo, Pato), Battión, que fez o segundo gol argentino EM POSIÇÃO DE IMPEDIMENTO e após uma expulsão no mínimo DUVIDOSA de Kléber e Fernandéz, que matou o jogo naqueles lances que só os argentinos sabem fazer na Libertadores. Quanto ao Inter, pelo menos manteve a sua excelente média de um golaço no ângulo por partida (grande Kléber) e a péssima média brasileira de ter jogadores expulsos em todos os jogos contra argentinos (apesar da expulsão ter sido injusta, não posso deixar de pensar no histórico pífio do Kléber na Argentina - alguém lembra da sua expulsão tola em 2003, no jogo Corinthians e River Plate?).
Para os que só sabem reclamar de arbitragem, duas observações: primeiro isso é LIBERTADORES. Normalmente o time mandante tem uma certa "vantagem" em caso de jogadas duvidosas, não tem jeito. O Inter mesmo foi ajudado aqui no Beira-Rio em 2006, quando foi campeão. Tem que contar com isso antes de jogar fora de casa. Segundo, o Banfield teve um gol mal anulado no primeiro tempo e uma expulsão injusta no segundo tempo. Portanto, a arbitragem pesou para os dois lados. Pena que o futebol só pesou para um.
E agora vem o Gre-Nal, que deve mais atrapalhar do que ajudar uma equipe que investiu bastante, mas ainda não se encontrou em 2010. Ainda dá para se classificar, mas ficou no mínimo improvável.
Por André
Quando pisou em campo hoje, perto das dez horas da noite, o Inter tinha à sua frente apenas o modesto Banfield, equipe argentina com nome de banco e sem tradição. Entretanto, pela postura, parecia que o colorado enfrentaria um misto de Barcelona, Manchester United e a seleção brasileira do SUPERSTAR SOCCER DELUXE.
Digo isso porque o Sport Club entrou em campo com um 3-6-1 acovardado, como se tivesse que atravessar uma manada de BÚFALOS pra chegar ao gol adversário. Entretanto, apesar da postura VEJA da equipe brasileira, o Banfield, time de qualidade SUPIMPA, estava mais preocupado em realizar testes sobre os efeitos da resistência do ar em bolas de futebol. Absolutamente tudo era lançado pra dentro da área do Inter, que cedia espaços generosos e tinha no seu meio de campo uma refilmagem de Os Três Patetas (D'alessandro, Andrezinho e Sandro). Como os argentinos não iam com muito ímpeto à caneca de cerveja, Pato Abbondanzieri resolveu levar emoção ao jogo à galopes: absolutamente desnorteado, ele tentou driblar um atacante banfieldano, não viu que havia outro ali perto, perdeu a bola e causou uma BALBÚRDIA que nem o narrador da Sessão da Tarde conseguiria definir. Entretanto o árbitro, membro dedicado do Greenpeace, decidiu que não era temporada de patos e anulou o gol legal dos argentinos. Antes do apito ecoar pelo gramado sórdido, o Inter ainda teria um gol (bem) anulado e o zagueiro banfieldano desferiria uma raivosa cabeçada na linha da pequena área colorada, mas Abbondanzieri usou as mãos para proteger o rosto e defendeu.
Já no início do segundo tempo os argentinos aproveitaram o BURACO DE MINHOCA deixado por Ney no lado direito do Inter e abriram o placar: após um cruzamento maroto, a bola cruzou a área se fazendo de difícil pra todos e foi parar nos pés de Rodriguez, que chutou com a sabedoria de uma CABRA, mas Abbondanzieri gentilmente facilitou as coisas para o garoto. 1 a 0. Entretanto, três minutos depois, um zagueiro argentino cortou de cabeça um cruzamento e o BOM SENSO, pois permanecia só na área. O rebote sobrou para Kléber, e este, com um chute impossível, manteve a média de golaços do Inter que o Valter citou no último post. 1 a 1. Mas o meio do campo colorado continuava com ERRO 404, e o Banfield era perigoso - mais ainda quando, num lance duvidoso, Kléber foi duvidosamente expulso após duvidosa falta em Erviti. Na ignorante cobrança, que obviamente foi direto pra área, um desvio deixou Ramiréz na cara do gol e IMPEDIDO feito um CARRO NA HORA DO RUSH. Como nada marcara o árbitro, ele chutou, errou, pegou o rebote e tocou para um Battión em posição questionável, que só empurrou para as redes. 2 a 1 e começaram as CHOCARRICES, com os colorados indo para cima do árbitro, Fossati sendo atingido por algo (que, só posso imaginar, tenha sido uma tijolada de INTELIGÊNCIA TÁTICA), enfim, guerrilha total. Eis que, após cobrança de escanteio, a bola PIGARREOU por todo mundo e sobrou na esquerda, onde Deus sabe lá quem chutou toscamente a pelota e ela sobrou para Fernandéz fazer o terceiro do Banfield. Fossati até tentou arruinar mais as coisas botando Taison, Guinazu fez inveja a JEFF BRIDGES e manipulou o árbitro a expulsar injustamente um argentino, mas as coisas não mudaram muito: no final, contra um gol dos brasileiros, o Banfield tinha três.
Um jogo certamente polêmico, que vai ecoar por muitos dias ainda na imprensa, e possivelmente virará DVD dirigido por Fernando Carvalho, com trilha do CHORÃO, vocalista do Charlie Brown Jr. Entretanto, a missão não é impossível. Dois gols classificam os vermelhos no Beira-Rio. Infelizmente, arbitragem e gols anulados são os menores problemas do Inter, que viu seu time entrar na Argentina, jogar na Argentina e sair da Argentina com a atitude de uma equipe pequena.
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