1 de abr. de 2010

Inter 2 x 0 Cerro

Por André

E o Inter continua com sua estratégia para vencer a Libertadores (uma boa, devo admitir): não perder fora de casa e, principalmente, vencer em casa a QUALQUER CUSTO, nem que pra isso tenha que subornar o destino ou as leis da probabilidade.

O colorado, pra variar, começou a partida com a bola toda (trocadilho obrigatório). Giuliano e D'Alessandro saracoteavam pelo campo, trocando posições para confundir a defesa do Cerro que, já naturalmente confusa, estava em campo como um fã de LOST. Entretanto, a retranca da equipe paraguaia era teimosa. Isso, somado ao fato de que, apesar da movimentação, os passes dos meias do Inter podiam ser resumidos na expressão ERRO 404, fez com que tanto a equipe gaúcha como seu adversário arriscassem mais em chutes DDD. Kléber até escapulia vez que outra pela esquerda, mas sem sucesso.

Na segunda etapa a pressão cresceu pra cima da equipe colorada, e Fossati devia estar com as pernas bambas no banco de reserva. Comovido pela situação, o zagueiro Ibañez, com a cabeça claramente encharcada de KAISER QUENTE, tentou cortar um cruzamento anoréxico de Walter e CUSPIU NO ROSTO DAS LEIS DA FÍSICA, marcando contra em um lance completamente nonsense. Um a zero e os torcedores colorados provavelmente já pedindo o final da partida. Treze minutos depois, D'Alessandro SORTEOU a bola pra dentro da área paraguaia. Seguiu-se um feroz bate-rebate, até que Giuliano chutou, Frescarelli - o guarda-redes com nome de MASSA CONGELADA - não conseguiu segurar e o peladeiro Alecsandro aproveitou o rebote para atirar a bola pro gol de qualquer jeito. Dois a zero.

Com um ataque pior do que BATATA FRITA MOLENGA, o Cerro não conseguiu levar muito perigo - e o Inter, satisfeito com o resultado, não ousou muito mais e só deixou o tempo passar. Agora o sport club é o líder do Grupo 5, e tem pela frente o Emelec, lá no Equador. A estratégia empregada parece funcionar e, embora sem convencer, a equipe gaúcha já consegue farejar o doce aroma da classificação.


Por Eu Mesmo

Incrível como uma competição menor como o Gauchão pode se tornar tão decisiva para um clube que tem pretensões maiores em um torneio maior. Após perder os últimos dois jogos (para os fortíssimos São José-Poa e Caxias), a equipe colorada passou de uma situação tranquila para uma desesperadora, o que mostra um pouco a dimensão do absurdo que às vezes é o futebol: se antes dessas derrotas a situação do Inter não era tão tranquila assim (como vínhamos reiterando a cada partida da Libertadores), tampouco tornou-se tão dramática quanto se falava. De qualquer forma, a partida desta quarta-feira tomou feições de decisão e poderia inclusive selar o destino do treinador Jorge Fossati. Tudo isso por causa de duas derrotas em um campeonato que não serve mais para nada - a não ser para criar crises nos clubes grandes.

Portanto, era nítido - e até certo ponto, natural - o nervosismo colorado no primeiro tempo, que aumentava à medida que o gol não saía. Enquanto isso, a equipe do Cerro se via bem postada, jogando um futebol pragmático, destinada a sair do Beira-Rio com pelo menos um pontinho a fim de depender só de si para alcançar a primeira posição do grupo. E o primeiro tempo foi assim, com poucas chances - arrisco dizer que a melhor oportunidade da primeira etapa foi justamente para a equipe visitante.

O segundo tempo não havia começado melhor para o Inter, até que, em um cruzamento para a área, Walter achou um gol para os brasileiros, graças também ao zagueirão que botou a bola pra dentro (valeu, Ibañez!). Aí, como num passe de mágica, tudo se resolveu; o time colorado começou a jogar melhor, a arriscar mais, como se um peso enorme tivesse saído das costas dos seus jogadores. Dessa maneira, em uma bela jogada na área (passe de peito de Walter para Giuliano mandar de voleio para o gol), após o rebote do goleiro Frascarelli (Frangarelii?), Alecsandro mandou para o gol. Dois a zero e os três pontos garantidos.

Agora o Inter volta a depender somente de si para terminar em primeiro no grupo. A torcida saiu vibrando, os jogadores felizes e o técnico aliviado. Quanto a mim? Honestamente, continuo preocupado com a falta de bom futebol apresentado até aqui na competição. Pelo menos, ainda estamos ganhando em casa e empatando fora.

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