Copa do Mundo - Dia 2

Coréia do Sul 2 x 0 Grécia

Gols: Jungsoo aos 7' 1°T, Park aos 6' 2°T (Coréia)

Quando alguém pensa na Grécia, imagina direto aquele monte de ruínas, colunas caídas, obras históricas pela metade, um monte de estátuas, e por aí vai. Pois bem, essa definição se aplica perfeitamente ao time de futebol do país: a defesa é semi-destruída por natureza, a marcação é caída, as jogadas nunca são terminadas e os selecionados têm tanta desenvoltura com a bola quanto uma estátua teria. Sério, em determinado momento achei que pombos fossem pousar em cima dos jogadores. Assim ficou fácil para a Coréia do Sul envolver os HELENOS facilmente e construir sua vitória. Porque o time dos coreanos ABRIU OS OLHOS (trocadilho obrigatório) e não é mais a equipe ingênua de outrora: enquanto os gregos ficavam parados feito projetos de lei no Brasil, a turminha do oriente saía com velocidade, dominando a meia-cancha e, por consequência, o jogo. O primeiro gol saiu logo no início do jogo, em uma cobrança de escanteio TINHOSA, onde a bola irrompeu facilmente pela zaga grega até que Jungsoo atirou-a para o fundo das redes. Deu-se mais 45 minutos de jogo fácil pra Coréia, já que a Grécia se limitava a atirar bolas pelo alto, até que Park aproveitou um PRESENTE NADA DE GREGO do volante adversário Vyntra, sassaricou pelo meio e chutou na saída do goleiro. Dois a zero pros coreanos, que a partir de então apenas esperaram a hora de comemorar.

Argentina 1 x 0 Nigéria

Gols: Heinze, aos 6' 1°T (Argentina)

O mais engraçado é que o gol de Heinze aos seis minutos, após cobrança de escanteio onde Verón botou a bola na cabeça do defensor argentino como um pai entrega a noiva no dia do casamento, não foi o ponto alto da Argentina: os hermanos fizeram tabelas desconcertantes, boas jogadas, até mesmo foram HUMILDES aqui e acolá, mas barraram na atuação vitoriosa do goleiro Enyeama (claramente dopado, ele fez no mínimo três defesas sensacionais - e uma outra, em uma finalização devastadora de Messi, nos faz questionar se o arqueiro nigeriano é de fato um homo sapiens) ou no nervosismo de Higuaín. A Nigéria chegou até a equilibrar as ações e teve lá suas chances de gol, mas o goleiro argentino também estava seguro e as finalizações mais perigosas do time africano acabaram namorando as placas de publicidade. Uma equipe rápida e habilidosa, mas tão ingênua quanto um socialista. Uma seleção que, embora com inegáveis virtudes, aceitaria doces de estranhos na rua. Mas que ainda assim conseguiu um resultado razoável, já que deve disputar o segundo lugar do grupo com os coreanos. Quem for mais malandro, leva.

Inglaterra 1 x 1 Estados Unidos

Gols: Gerrard, 4' 1°T (Inglaterra); Dempsey + Green, 40' 1°T (EUA)

Com alguns dos melhores jogadores do mundo em campo e um dos melhores treinadores do mundo no banco, a Inglaterra apresentou um futebol murrinha, sonolento, quase depressivo. Gerrard marcou para os ingleses aos quatro minutos do primeiro tempo, em uma bela tabela com Heskey, provavelmente o único lance criativo e eficiente produzido pela equipe britânica nos últimos oitenta anos. E depois disso a partida ficou numa CHOCARRICE danada, com ambas equipes buscando ao máximo suprimir a diversão de cada lance. Tanto ficou nessas que aos quarenta do primeiro tempo o goleiro Green, após um chute raquítico do estadunidense Dempsey, foi mordido pela bola e deixou que ela entrasse, engolindo um frango do tamanho da Via-Láctea e permitindo o empato. A cena foi tão bizarra e divertida que o segundo tempo resolveu se deitar numa rede e dormir, pois o jogo continuou medonho. Demorou eternos quarenta e cinco minutos para o brasileiro Carlos Simon apitar o final da desgraça e acabar com o sofrimento alheio. Futebol inglês de verdade, só o do Monty Phyton.